18/12/2021

Oposição no São Paulo comemora reprovação da redução do conselho

Por Folha Press em 18/12/2021 às 16:10

Membros da oposição consideraram uma vitória a decisão do conselho deliberativo do São Paulo de rejeitar a proposta que propunha a redução do número de membros do órgão. O item era o mais criticado por opositores à gestão de Julio Casares antes da votação encerrada nesta sexta-feira (17).

A proposta previa a redução do número de conselheiros. Haveria uma diminuição dos atuais 260 (160 vitalícios e 100 eleitos) para 200 (120 vitalícios e 80 eleitos). Apesar disso, a exigência de 55 assinaturas de conselheiros para a criação de uma chapa para disputar as eleições se manteria.

Essa última parte preocupava a oposição. Com apenas 120 conselheiros vitalícios, uma chapa precisaria de apenas 66 membros para inviabilizar que uma opositora chegasse a 55 assinaturas. Dessa maneira, seria mais fácil para a situação conseguir ser a única chapa das próximas eleições.

Parte da situação também se colocava contrária à proposta da maneira que foi feita. A reportagem apurou que um grupo entendia que a mudança deixaria o clube menos democrático com a dificuldade de criar uma segunda chapa para as eleições.

A proposta não atingiu os 128 votos necessários para ser aprovada – 121 conselheiros foram favoráveis à medida, diante de 90 contrários e 20 abstenções.

A reportagem ouviu membros da oposição são-paulina, que celebraram a reprovação da proposta. Um deles disse acreditar que os protestos feitos por torcedores nas redes sociais e nos arredores do Morumbi tiveram peso no recuo do conselho deliberativo. Há algumas semanas, a oposição dava como certa a aprovação total das 24 propostas feitas para alterar o estatuto do clube.

A previsão inicial era de que as propostas fossem votadas todas de uma vez pelos conselheiros. Na última segunda(13), porém, o presidente do órgão, Olten Ayres de Abreu Jr., anunciou que os 24 itens seriam fatiados, com os membros decidindo um a um qual iria para a assembleia dos sócios.

Apesar da celebração da oposição, itens apoiados pela situação foram aprovados, além da permissão da reeleição presidencial. Uma delas permite que conselheiros assumam cargos nas diretorias que não sejam remunerados sem precisarem se afastar do órgão. A medida beneficia, por exemplo, o atual diretor de futebol, Carlos Belmonte, que é conselheiro do clube.

Outra proposta aprovada aumenta o valor dos contratos assinados pela gestão que precisam de aprovação do conselho deliberativo. Atualmente, todo acordo firmado que os valores ultrapassagem cinco mil contribuições associativas (cerca de R$ 1,4 milhão) precisa passar pelo crivo do conselho. No novo estatuto, esse valor subiria para 10 mil contribuições associativas (cerca de R$ 2,8 milhões).

As 14 propostas aprovadas pelo conselho deliberativo do São Paulo irão agora para a assembleia de sócios, que deve acontecer em 15 de janeiro. As que tiverem a aprovação dos associados passará a valer no estatuto do clube.

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