Infectologistas opinam sobre necessidade de terceira dose da vacina contra covid-19: "é o futuro"

Por Santa Portal em 10/07/2021 às 14:03

Divulgação/Prefeitura de São Vicente
Divulgação/Prefeitura de São Vicente

O governador João Doria anunciou na última sexta-feira (9), que a partir de janeiro, a população receberá uma dose extra da vacina contra a covid-19. Sendo assim, para a imunização ser completa, seriam necessárias três doses, com exceção da Janssen, com duas. O Santa Portal entrevistou dois infectologistas para entender melhor a eficácia dessa estratégia.

Para Marcos Caseiro, a ideia é precipitada. “Não chegamos nem a 13% da população com a segunda dose. Agora falar em reforço? A fala é inadequada, muito embora eu acredite sim na necessidade de reforçar alguns imunizantes, como a Coronavac. Tem que ir devagar, garantir primeiro a imunização das duas doses para depois pensar na extra. Não tem sentido discutir agora”, opinou.

Já para Elisabeth Dotti, a estratégia é necessária. “Temos as variantes Delta, peruana e não temos ideia do que vem por aí ainda. Então, o ideal seria deixar as doses aplicadas fazerem efeito e aplicar uma extra em janeiro. Há um trabalho em estudo na Inglaterra que já desenvolve mais sobre isso”, contou.

Dotti explicou que esse trabalho ainda não foi publicado em revista científica, mas está testando um imunizante diferente na dose extra. “O imunizante sendo de outro fabricante estimula o sistema imunológico de outra forma. Você cerca o sistema imune e garante anticorpos”, detalhou.

De acordo com ela, o que se viu até agora está sendo um sucesso. “É o nosso futuro e tenho certeza que será uma norma mundial. No momento, estamos correndo atrás do prejuízo, pois sempre surge uma nova variante. Com a terceira dose, acabou. A proteção será muito melhor”, concluiu.

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.