Omniconsumidor e Business Performance foram temas do último painel do Agora Tem Pauta
Por Rodrigo Martins em 28/09/2022 às 06:00
Omniconsumidor Tendências e Realidades e Business Performance foram os temas do quarto e último painel do Agora Tem Pauta – Tecnologia e Inovação, realizado nesta terça-feira (27), no Auditório do Bloco E da Unisanta. Entre discussões e aprendizados, executivos da TOTVS, empresa de soluções em tecnologia, apresentaram as tendências e desafios do mercado no Brasil. O evento é de realização da Universidade Santa Cecília com o Sistema Santa Cecília de Comunicação e o Programa 100Pauta.
O painel abordou a presença dos consumidores em suas diversas modalidades, seja em lojas físicas ou online, pelo chamado e-commerce.
Para Elói Assis, diretor executivo Varejo & Distribuição na TOTVS, a mudança imposta no mercado com o avanço das tecnologias faz com que os varejistas tenham que acompanhar a evolução do mercado.
“Existe uma clara mudança no perfil do consumidor nos últimos anos e não é só por causa da pandemia. Hoje temos a geração Z, que quer as coisas imediatamente. Além disso, as pessoas se acostumaram a fazer compras online. Então vai mudar cada vez mais. Se você não se mexer, vai ficar para trás. A loja física vai continuar existindo, mas a loja física e o online são vistos como algo contínuo. Esses dois sistemas precisam estar interligados., especialmente em um país do tamanho do Brasil”, disse Elói.
Pedro Henrique Almeida, diretor-executivo de Negócios Digitais na TOTVS, citou que apenas ter um e-commerce não é garantia de sucesso. Para isso, é necessário trabalhar todas as cadeias da venda online com o objetivo de conquistar o público.
“No e-commerce o desafio de logística é muito grande. Trabalhei há 12 anos na startup que lançou o e-commerce das Casas Bahia, Extra e Ponto Frio. Naquela época, eles começaram de uma maneira diferente. A empresa que é dona dessas marcas criou uma empresa para operar as vendas online dessas três marcas, visando ganhar velocidade. Porém, os novos varejistas que foram vendendo online já nasciam integrados em todos os setores, da ponta de estoque até a entrega. Com isso, essas três empresas começaram a perder competitividade em comparação com o Magazine Luiza, por exemplo, e tiveram que se mexer para não ficarem muito para trás”, explicou Almeida.
Wilson de Godoy Soares Júnior, diretor executivo na TOTVS Sudeste Meridional, citou que o atendimento das dúvidas do consumidor ainda é um ponto falho nesse processo.
“Ontem mesmo eu estava fazendo uma compra online e consultei o número disponibilizado pela empresa para tirar dúvidas pelo WhatsApp. Mandei a primeira mensagem, a resposta demorou e a segunda mensagem demorou ainda mais para ser respondida. Eu perdi a paciência e liguei direto, daí alguém me atendeu e eu tirei as dúvidas que eu queria. Eles poderiam ter perdido a venda caso eu tivesse desistido e ligado para outra empresa. Ainda acho que falta um treinamento melhor para que o público tenha acesso a todas as informações ou tire as suas dúvidas antes de efetuar a compra pelos canais oferecidos pelas empresas. Nesse quesito, a loja física ainda leva vantagem porque as pessoas podem olhar e fazer as suas perguntas na hora, antes de comprarem”, afirmou.
Os debatedores ainda apontaram que uma rede de varejo local pode, mesmo com uma estrutura menor, ser mais eficiente do que grandes marcas.
“Quando você vai falar de entrega rápida de produto, é comum que as entregas cheguem mais rapidamente nos grandes centros. Se você está fora dos grandes centros dificilmente vai receber no dia seguinte. Então quando você é um varejista regional e trabalha nessa região, você é capaz de atender o pedido com maior agilidade do que uma grande empresa, que tem uma demanda maior e atende várias regiões. Se você faz uma entrega rápida, você cria um diferencial para a sua marca”, concluiu Elói.
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