Obras no Palácio da Polícia causam transtornos para funcionários, diz Sinpolsan
Por Santa Portal em 24/01/2023 às 16:20
As obras para a reforma do Palácio da Polícia, em Santos, estão trazendo transtornos para os funcionários que trabalham no local, de acordo com o Sindicatos do Funcionários da Policia Civil de Santos e Região (Sinpolsan).
“Estamos recebendo várias reclamações, pelas dificuldades no ambiente de trabalho, seja pela ausência de ventilação, porque não tem luz natural, além de muito poeira. Recentemente, com o início das pinturas, muita gente está se sentindo mal por causa do cheiro de tinta”, explicou o presidente do Sinpolsan, Renato Martins.
De acordo com o representante do sindicato, a situação tem piorado ao longo dos últimos meses e as condições de trabalho são insalubres. “É algo que prejudica de várias formas, temos relatos até de advogados, de pessoas intimadas (que são ouvidas na delegacia) também. Às vezes, os policiais têm que parar o que estão fazendo porque não tem condição de exercer o trabalho. Temos muitos relatos de pessoas que ficam com dor de cabeça, muitos funcionários acabam sendo atendidos no Pronto-Socorro por causa do barulho”, disse.
Os policiais têm convivido até com falta de energia no local durante o expediente. “Na semana foram dois dias e meio sem energia. Isso causou também a suspensão do bombeamento de água, na semana passada. O Palácio (da Polícia) ficou sem energia sábado e domingo. Com isso, as operações foram deslocadas emergencialmente para o DP no Gonzaga”, afirmou Renato.
Foto: Divulgação/Sinpolsan
Outro ponto de reclamação do Sinpolsan é a mudança no projeto inicial da reforma no prédio. O prazo de conclusão da obra, que teve início em janeiro do ano passado e estava prevista para ser concluída em até 15 meses, também foi prorrogado.
“Houve alongamento do prazo da obra, além da modificação do projeto original. Não está sendo executado o projeto proposto lá no começo. A empresa tem dificuldade de realizar os trabalhos como deveria acontecer, com gente dentro do prédio. Isso traz lentidão na execução dos serviços. Se tivesse desocupado (o edifício), o cronograma inicial certamente teria sido cumprido”, comentou.
Por fim, o presidente do sindicato faz críticas ao governo estadual na condução de todo o processo de reforma do Palácio da Polícia. “É importante registrar que a obra só começou a acontecer depois de seis anos, por causa de uma ação impetrada pelo Sinpolsan. O Estado negava a necessidade de reformar esse prédio, só com a comprovação nos autos e a interdição houve essa reforma. Mas não tínhamos condições de conciliar a reforma com o trabalho no local. O Estado falou em desnecessidade de remoção das pessoas quando as obras começaram, o que está se mostrando um equívoco”, pontuou.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) se manifestou sobre o tema por meio de nota. “A Polícia Civil informa que as obras no Palácio da Polícia estão em andamento e de acordo com o cronograma previsto. A vedação das janelas é realizada conforme a progressão da obra, sem afetar a circulação de ar ou a iluminação do prédio. A previsão é que as obras sejam concluídas em outubro deste ano”, diz o órgão.
Foto: Divulgação/Sinpolsan
Foto: Divulgação/Sinpolsan
