Natalí Mello de Faria (bocha) | "Seguimos alimentando o sonho da estrada dourada"

Por Santa Portal em 23/08/2021 às 07:04

Natalí Mello de Faria está com 31 anos. Conheceu a bocha há 11 anos. Sua dedicação a levou a conquistas marcantes por equipes. Foi prata nos Jogos Parapan-Americanos de Lima (2019) e no Open Mundial do Canadá em 2018 e 2019, prata na Copa América da Colômbia (2017), além de ouro no Parasul-Americano em Santiago (2014).

Portadora de paralisia cerebral em decorrência de falta de oxigenação no cérebro durante o parto, Natalí Mello é cadeirante e foi apresentada à modalidade por amigos. Em Tóquio, buscará sua primeira medalha em Jogos Paralímpicos.

A atleta representa a Associação Paradesportiva da Baixada Santista (APBS) e seus treinamentos são realizados no ginásio do Guaibê, em Guarujá, com a supervisão do técnico Moisés Fabrício de Souza Cruz, que está com ela em Tóquio.

“Por incrível que pareça, a intensidade e o tempo de treino aumentaram [na pandemia]. A carga horária também. Então, a gente não sentiu muita deficiência técnica na volta [às atividades no CT], foi mais no aspecto físico. Claro que treinar em quadra e fazer uma imersão, que é treinar, comer e dormir, por sete dias seguidos, é diferente de um treino no clube ou em casa, no quintal ou em qualquer lugar onde se adaptou a atividade”, disse Moisés, em entrevista à Agência Brasil.

Antes de embarcar para o Japão, Natalí falou sobre o sonho de disputar os Jogos Paralímpicos de Tóquio, em suas redes sociais. “A estrada é longa e o caminho percorrido é enorme. Faltando tão pouco pro nosso destino, seguimos alimentando o sonho de uma estrada dourada”.

Aliás, Moisés ressalta que a preparação foi muito boa. Para o treinador, o Brasil tem grandes chances de retornar com medalhas de Tóquio.

“A nossa expectativa é muito boa. Acredito que devemos conquistar medalhas”, aposta o coordenador técnico brasileiro.

O otimismo se justifica pelos resultados que antecederam a pandemia. Pela primeira vez sem ser o país-sede, o Brasil estará representado em todas as provas possíveis da bocha: as quatro classes individuais e as disputas por equipes – reunindo as classes BC2 e BC1 (paralisia cerebral com limitação maior que os BC2) – e por pares das classes BC4 e BC3 (atletas de maior comprometimento motor, que utilizam calhas para jogar).

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