Nadadores da Unisanta classificados para o Mundial de Singapura celebram conquista histórica

Os cinco nadadores da Unisanta que conquistaram vagas para o Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de Singapura, durante o Troféu Maria Lenk, celebraram, ao lado de outros atletas cecilianos, a conquista histórica na manhã desta terça-feira (29), no retorno ao Complexo Educacional Santa Cecília.

Recebidos calorosamente, Stephanie Balduccini, Guilherme Caribé, Gabi Roncatto, Guilherme Basseto e Mafe Costa serão os representantes cecilianos no mundial, que será disputado entre os dias 11 de julho e 3 de agosto. A equipe da Unisanta, vice-campeã no Maria Lenk com 1.872,50 pontos, será o time com mais atletas na delegação brasileira de natação, que terá 12 convocados.

O feito acontece pelo terceiro ciclo consecutivo, repetindo a façanha dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 e do Mundial de Piscina Curta em Budapeste.

Stephanie Balduccini, um dos grandes nomes da competição, com três ouros (100m borboleta, 100m e 200m livre), uma prata (50m livre) e dois recordes – Sul-Americano e Brasileiro – nos 100m livre com 53s87, ressaltou que a união entre os cecilianos facilitou a conquista dos resultados expressivos e medalhas.

“Estou bem feliz com a minha performance no Maria Lenk. Acho que no ano passado eu não consegui performar, por estar com apendicite e um monte de outras coisas acontecendo na minha vida. Ano passado me mudei para os Estados Unidos. Esse ano me adaptei melhor, fiquei super feliz com os meus resultados. O recorde sul-americano na prova de 100m livre era algo que eu estava querendo fazer há muito tempo. Felizmente deu tudo certo e para Singapura espero nadar ainda melhor, melhorar as minhas marcas. Pretendo chegar em uma semifinal ou final, e representar bem o Brasil”, disse.

Reforço para esta temporada, Guilherme Caribé também brilhou, conquistando três ouros (50m e 100m livre, 50m borboleta), uma prata (100m borboleta) e estabelecendo novo recorde do campeonato nos 100m livre (47s10). Ele já fez uma projeção de suas expectativas para o Mundial em Singapura.

“Com certeza o foco agora é Singapura, no final de julho. Estou voltando para os Estados Unidos, tenho que resolver algumas coisas da faculdade. Além de atleta eu também estudo, mas vou fazer toda a minha preparação por lá. Quero disputar algumas competições durante esses três meses. Pretendo nadar o Sete Colli (tradicional torneio da natação mundial) na Itália, fazer essa preparação completa para chegar em Singapura na melhor forma”, comentou.

Gabi Roncatto somou três ouros (400m medley, 800m e 1500m livre) e duas pratas (400m livre e 200m medley), confirmando sua força nas provas de fundo.

“A gente passa a euforia da competição, que foi muito boa, com a Unisanta dominando o quadro de medalhas. Temos que descansar um pouquinho e já vamos começar a preparação para o Mundial. Espero fazer um Mundial incrível, para representar da melhor forma a Unisanta e o Brasil”, declarou.

Guilherme Basseto, campeão dos 50m e 100m costas, projetou a oportunidade de representar o Brasil em mais uma competição internacional.

“Agora teremos uma preparação intensa para o Mundial, com 12 ou 13 semanas de treinamento. Foi um resultado muito legal que conseguimos no Maria Lenk. Mudei de técnico, os treinos também estão sendo diferentes para esse ano. Mas é positivo, em tão pouco tempo, voltar a nadar tão bem e próximo dos meus melhores resultados. Isso é algo que me deixou muito feliz”, falou.

Mafe Costa também teve desempenho expressivo, com um ouro (400m livre), três pratas (200m e 800m livre, 200m borboleta) e um bronze (100m livre). Ela também falou sobre a sua participação no Maria Lenk e fez uma projeção do que espera para o Mundial de Natação, em Singapura.

“Eu sempre digo que a minha preparação para o Maria Lenk é o meio do caminho, a minha preparação final é sempre para o Mundial. Não foi o que eu queria, o que estava planejando para o Troféu Brasil, mas foi o sufi ente. Consegui obter os dois índices, saio satisfeita do Troféu Brasil, e vou fazer um novo planejamento para o Mundial, o foco vai ser lá. Serão dois meses de planejamento bem feito, acredito que, com bastante trabalho, vou chegar no Mundial na minha melhor performance”, destacou.

O head coach da Unisanta, Marcel Ferreira, falou sobre o desempenho dos atletas cecilianos na competição, já projetando a disputa em Singapura.

“O primeiro passo era nadar bem, ser competitivo e melhorar as nossas marcas. Os atletas fizeram isso com excelência, conquistaram as vagas e a Unisanta será a base da seleção. O próximo passo é estar mais capacitado e condicionado a disputar uma competição internacional. As competições nacionais nossas não tem a mesma logística e organização como as internacionais, então o próximo passo é continuar rápido nas piscinas, ainda mais treinados para representarmos bem o país e a Unisanta”, afirmou.

Tradição ceciliana

A alta direção do Complexo Educacional Santa Cecília enfatizou a tradição ceciliana no esporte. A reitora da Unisanta, Silvia Teixeira Penteado, destacou o compromisso da instituição com a formação de excelência, ressaltando que os atletas mais novos que recepcionaram os profissionais podem inspirar outras gerações no futuro.

“É muita alegria. Isso reafirma o compromisso de ensino que fundamos há 64 anos, unindo educação e esporte. Me emociono ao ver a aplicação dos nossos alunos, refletindo os valores que herdamos. É um projeto de vida que exige conciliação entre estudos e treinamentos. Estamos todos juntos nessa conquista, que mostra a força do trabalho em equipe”.

A presidente da Unisanta, Lúcia Teixeira, também celebrou o feito e reforçou a missão da universidade.
“Não só podemos vencer nossos limites, como também inspirar os que nos assistem. A Unisanta não é apenas um clube, é uma universidade que forma seres humanos comprometidos com o país. Cada conquista desses jovens é uma lição para todos, e é nosso dever continuar formando talentos que possam transformar o Brasil”.