Na primeira noite dos desfiles do Carnaval de Santos, show e muita animação

Por #Santaportal em 15/02/2020 às 08:34

CARNAVAL 2020 – O Carnaval 2020 em Santos começou em grande estilo. Uma espécie de roda de samba ?passou? pela passarela Dráuzio da Cruz, abrindo oficialmente a primeira noite de desfiles: Xande de Pilares e seu grupo de músicos levou grande entusiasmo à plateia.

Do alto de um trio elétrico, o músico saudou o público, cumprimentou moradores dos prédios do entorno do sambódromo e interagiu com algumas pessoas das arquibancadas. ?Linda camiseta, amigo. É a escola da minha mãe?, sorriu o cantor, apontando para um jovem que vestia a camiseta da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, atual campeã do carnaval carioca.

?Do jeito que a vida quer?, ?Deixa acontecer naturalmente? e ?Quando eu contar? foram alguns dos sucessos cantados em um grande coro a céu aberto. Ao fim do show, as agremiações começaram a se preparar para os desfiles da noite.

Desfiles
A primeira escola a pisar na avenida foi a Acadêmicos Bandeirantes do Saboó, pelo grupo 1. Com as cores vermelha, preta e branca, os 600 integrantes animaram o público com o enredo ?A origem da dança, uma viagem no tempo?.

As 13 alas e a bateria com 65 membros mostraram a história do surgimento da dança e sua trajetória através das nações. ?A escola tem um enredo que representa o samba, a dança, nossa expectativa é que saia vitoriosa?, disse Mara Conceição, 62 anos, presidente da associação de moradores do conjunto Mário Covas, do Saboó. A participação da escola foi finalizada com a ala ?dança de rua?, que exibiu uma coreografia com estilo breakdance.

A segunda escola a desfilar, Império da Vila, mostrou o empenho de um ano inteiro de ensaios e o orgulho da descendência afro-brasileira, apresentados por 700 componentes. Nas cores azul, vermelho e branco, a agremiação foi à pista com o enredo ?Oxossi: rei da cidade do Keto?, uma homenagem ao orixá africano da prosperidade, fauna e flora.

Para o coreógrafo da Império, Henrich dos Santos (Chico), o desfile representou uma guerra vencida. ?Estamos com muita esperança, treinamos bastante, foi uma guerra onde todos aceitaram o desafio. Nos esforçamos muito para conseguir ajuda, patrocínio, fantasia, carro alegórico, ensaio atrás de ensaio. A escola está linda, é de emocionar?.

A terceira agremiação a entrar no sambódromo foi a Imperatriz Alvinegra, com 470 integrantes e a bateria de 100 pessoas. Com o enredo ?Olha nós aqui de novo?, narrou sua própria história de luta e superação. O destaque foi o carro abre-alas e seus cavalos selados, montados por anjos de guerra. Os patronos da escola fecharam o desfile com a ala ?Amigos do presidente?, onde estavam ex-diretores, carnavalescos e coreógrafos que ajudaram na construção da escola, em atividade desde 2014.

A quarta escola a desfilar foi a Unidos da Zona Noroeste. Sob o enredo ?Hoje o galo canta, é a voz da favela?, a agremiação retratou a realidade de milhares de brasileiros que vivem em comunidades carentes. Seus 450 integrantes, distribuídos em 14 alas, retratavam funkeiros, trabalhadores e políticos. A bateria, com 70 componentes, teve a participação da plateia das arquibancadas e camarotes ao entoar o refrão ?O galo canta essa noite pra ela, favela, favela. Entre becos e vielas, é o nosso porta voz, Oh Deus, olhai por nós?.

Na sequência, Sangue Jovem e suas cores emblemáticas preto, branco e amarelo, apresentou o enredo ?Vale a pena a Sangue contar de novo?, com a narrativa da história da televisão brasileira, com a história de novelas e dramaturgias que eternizaram personagens e escritores nacionais.

Os 1000 integrantes da agremiação deram ao público um recado de superação. ?Queremos transmitir nossa vontade de voltar ao grupo especial (a escola caiu para o grupo 1 ano passado) e que vale a pena fazer tudo de novo, para superar?, disse o presidente da escola, Lorival Pina. No final do desfile, ex-jogadores do Santos Futebol Clube, além de fundadores e integrantes que compõem a escola desde seu início, se apresentaram na ala da velha guarda.

Com 850 componentes, a penúltima agremiação a desfilar na primeira noite foi a Mocidade Independente Padre Paulo, com o enredo ?De sete em sete, ainda acabo nesses sete?. A proposta foi despertar uma reflexão sobre céu e inferno, bem e mal, sete pecados e sete virtudes capitais e as consequências das decisões tomadas pelas pessoas. ?O intuito deste desfile é um autoexame de nossa própria vida?, explicou o carnavalesco Jefferson Rosa.

Cartadas de mestre e jogos de baralho encerraram a noite com a Escola de Samba Brasil. Composta por 700 integrantes, a agremiação trouxe o enredo ?Sem cartas marcadas. Na passarela, a campeoníssima chegou?, levou a magia do baralho e a arte do jogo de cartas. Damas do carteado, palácio do rei do baralho, profecias, ciganos e cassino foram temas das alas. O Rafael Masleoni, diretor de Harmonia, comentou a origem do tema do enredo. ?A Escola Brasil está sempre disposta a jogo e tem chance de ganhar. Nossa sorte vai virar?.

noticia20202153333410.JPG

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.