Na apresentação, Jesualdo Ferreira elogia trabalho de Sampaoli e alerta para responsabilidade

Por #Santaportal em 08/01/2020 às 13:04

SANTOS FC – O técnico Jesualdo Ferreira esbanjou bom humor em sua apresentação oficial no Santos, ocorrida na manhã de hoje, na sala de imprensa da Vila Belmiro. E não foi só: elogiou o Santos, o trabalho de Jorge Sampaoli e a responsabilidade que tudo isso traz. O português, de 73 anos, assinou com o clube até o fim do ano.

“O Santos ano passado não tinha problemas financeiros? Os jogadores não eram esses? O que posso dizer é que essa equipe que ficou em segundo lugar no campeonato me coloca um problema muito grande: fazer melhor. Isso é muito difícil. Foi um convite agradável, fiquei muito feliz, mas vi que era uma enorme responsabilidade. Ganhar vai ser o nosso lema, o nosso objetivo?, afirmou.

De acordo com Jesualdo, chamado de Professor, é um ciclo virtuoso que não pode parar. “O que o Sampaoli fez no ano passado foi algo notável. Não estava na previsão de ninguém. Vou tirar o chapéu para os jogadores. Mas todos vocês sabem que a história de todo clube não pode parar. Para continuar a história é preciso recriar a história. O Santos ganhou tudo até hoje. Todas as competições”, explica.

Apesar dos elogios, Jesualdo Ferreira deixou claro que busca um equilíbrio maior do que o implementado pelo argentino na temporada passada. “O Santos é uma equipe que jogava ofensivamente, uma atitude perfeitamente clara. Uma equipe com jogadores rápidos na frente e mais ou menos a mesma envergadura. Um meio de campo muito mais experiente. E cuidava pouco de sua defesa. Foi uma equipe que me agradou. Gosto dessas equipes. Mas também é verdade que tem de existir um equilíbrio. A minha expectativa é melhorar o que era muito bom eo que também foi menos bom. São jogadores que me agradam e que me motivam para trabalhar de acordo com o meu modelo”, comentou. “O treinador bom é o que é capaz de chegar num clube e se adaptar, transformar tudo o que tem dentro do clube”, emendou.

O português não escondeu a honra de ter sido convidado para comandar o Peixe, sua primeira referência de futebol. “Com todas as dificuldades que podia sentir, jamais recusaria treinar o clube do Pelé, um clube mítico. A primeira referência do futebol brasileiro. Eu tinha 16 anos e vi o Santos contra o Benfica ser campeão do mundo”, lembrou, referindo-se ao título de 1962, quando o Peixe goleou por 5 a 2 no Estádio da Luz, em Lisboa. “Nunca pensei que fosse capaz de estar numa situação em que estive, com seus responsáveis dizendo com clareza ‘vem'”, emenda.

A vinda para o Brasil, garante o Professor, não teve relação com o sucesso de Jorge Jesus à frente do Flamengo, campeão brasileiro e da Libertadores. “Isso (o sucesso de outros treinadores estrangeiros) não me influenciou em nada a minha vinda. Vamos falar de outro campeonato que tem a mesma densidade do Brasileiro: o inglês. Quantos ingleses estão no topo do Campeonato Inglês? Eu estive nos três grandes de Portugal. Havia técnicos estrangeiros nas grandes equipes. Naquela época, não sabíamos nada em Portugal. Eles vieram e ouvimos”, comentou.

Ao ser perguntado sobre a situação de jogadores do elenco, como o peruano Cueva, p mpvp treinador preferiu não se manifestar até que reúna mais informações. “Eu não posso responder, porque não o conheço bem. Não sei quais são os problemas que existe. E nunca vou falar sobre algo que não tenha conhecimento e qualidade para explicar. No tempo certo, falarei sobre isso”.

Por outro lado, Jesualdo demonstrou conhecimento sobre o Paulistão e valorizou a competição, partindo do pressuposto econômico da Capital. “É o estadual mais forte do Brasil. São Paulo é uma capital financeira muito forte. É o estado mais rico. Tem mais gente. Será sempre o campeonato mais difícil, porque vai ter Corinthians, Palmeiras. É o mais difícil. Vai ser uma guerra, uma luta. Vai ser duro. Para mim, é muito sério e muito importante”.

O português também fez questão de desmentir que não estava interessado em se aposentar na metade do ano passado. “Marca aí: coragem é uma das coisas importantes. Eu não estava aposentado. Só nos aposentamos quando não há saída ou não reconhecem a capacidade”, afirma.

noticia20201857362.jpg
Ivan Storti/Divulgação Santos FC

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.