09/12/2017

Morre aos 79 anos, o jornalista Luiz Carlos Maciel

Por #Santaportal em 09/12/2017 às 19:46

LUTO – O jornalista e dramaturgo Luiz Carlos Maciel, morreu na manhã de hoje (9), aos 79 anos, por falência múltipla de órgãos, no hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro.

Maciel nasceu em 1938, em Porto Alegre e foi grande incentivador da contracultura no Brasil. Foi colaborador do semanário “O Pasquim” e diretor de redação da versão nacional da revista “Rolling Stone”, lançou 12 livros, como “Geração em transe, memórias do tempo do tropicalismo” (1996), em que aborda diferentes momentos e obras da contracultura brasileira.

Formou-se me filosofia em 1958, pela Universidade do Rio Grande do Sul. Enquanto estudava, foi diretor e ator amador de teatro. Em 1959 recebeu uma bolsa de estudos para a Escola de Teatro da Universidade da Bahia. Nessa ocasião, conheceu Gláuber Rocha, João Ubaldo Ribeiro e Caetano Veloso, entre outros. Foi, inclusive, o ator principal do curta-metragem de Glauber, A cruz na praça.

Em 1960 recebeu nova bolsa de estudos, desta vez da Fundação Rockefeller, para o Carnegie Institute of Technology, em Pittsburgh, nos Estados Unidos da América, onde estudou direção teatral e realização de roteiros, durante dezoito meses. Na volta a Salvador, foi professor da Escola de Teatro, tendo dirigido diversas peças.

Em 1964 mudou-se para o Rio de Janeiro,e lecionou no Conservatório Dramático Nacional e trabalhou em jornais locais, entre eles Jornal do Brasil, Última Hora e na revista Fatos e Fotos.

Conhecido como o “guru da contracultura”, destacou-se nos anos 1960 e 70 com suas ideias sobre o underground. Foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, em 1969. Em 1970, juntamente com a maior parte da equipe de O Pasquim, foi preso pelas autoridades militares da época, e passou dois meses na Vila Militar, no Rio.

Editou também o semanário contra-cultural Flor do Mal, e foi diretor de redação do semanário Rolling Stone. Trabalhou durante vinte anos na Rede Globo, exercendo funções de roteirista, redator, membro de grupos de criação de programas e de analista e orientador de roteiros.

Em 1979 colaborou no semanário Enfim e, no ano seguinte, na revista Careta, ambos editados por Tarso de Castro. Em 1984 dirigiu o espetáculo musical Baby Gal, com a cantora Gal Costa, e a peça Flávia, cabeça, tronco e membros, de autoria de Millôr Fernandes.

Em 1987 voltou a lecionar, principalmente cursos de roteiro. Em 1991 dirigiu as peças Boca molhada de paixão calada, de Leilah Assumpção, e Brida, de Paulo Coelho. Em 1998, seu roteiro para o filme de longa-metragem Dolores recebeu um prêmio concedido pelo Ministério da Cultura.Era casado desde 1976 com a atriz Maria Cláudia.

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