Moradores denunciam infestação de ratos e mosquitos da dengue na Aparecida

Por Santa Portal em 16/02/2024 às 06:00

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Uma mulher, suspeita de acumular lixo dentro da própria residência, tem gerado transtornos para a vizinhança do bairro Aparecida, em Santos. A população local se queixa de uma recente infestação de ratos e do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya, propiciada pelo depósito à céu aberto no imóvel.

Em relato ao Santa Portal, um dos moradores do conjunto ao lado da casa da mulher, que não quis ser identificado, revela que a situação vem desde antes da pandemia. À época, a Prefeitura de Santos realizou limpezas no local, entretanto, “uma semana depois já estava cheio de novo de lixo”. Segundo o morador, ele e seus vizinhos abriram ocorrências no sistema digital da Ouvidora Municipal. Contudo, não obtiveram resposta.

“Ela tá causando problema aqui há tempos já, mas ultimamente passou dos limites. Tá aparecendo muito mosquito da dengue. Como não é coberto, acumula água quando chove. Tem mesa, ventilador e um monte de coisa a céu aberto que permite isso. A prefeitura tem que fazer alguma coisa, ainda mais com a dengue se alastrando por aí. Estamos expostos, não podemos deixar o pior acontecer”, desabafa.

O denunciante conta que os moradores adotaram a medida de espalhar veneno de rato por toda extensão do conjunto, que conta com seis casas, para tentar conter a infestação. Apesar disso, nos últimos dias, os vizinhos flagraram visitas indesejáveis em suas residências.

“Entraram dois ratos na primeira casa, um filhotinho e um rato médio. Ao lado, a cachorra dos meus vizinhos matou um na boca. Eles tiveram que ficar observando para ver se isso não gerava alguma infecção. Ainda nesses dias, passou um rato em cima do muro. Qualquer hora, vou esquecer a porta aberta e vão entrar em casa. E aí? Vou ter que fazer o que?”, indaga.

Sem resposta

De acordo com o vizinho, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) compareceu duas vezes no imóvel para cortar a energia da casa, devido ao excesso de contas atrasadas. No entanto, não conseguiu acessar o local.

Ele também conta que a mulher mora com seu filho, que passa longos períodos sozinho e é deficiente mental. Após denúncias, equipes da assistência social tentaram realizar duas visitas, mas, assim como com a CPFL, a responsável não atendeu aos chamados.

“Ela sai entre 8h e 9h e volta só 23h para casa. O filho dela passa esse período todo sozinho, trancado. Às vezes, ouvimos ele chamando por ela. Sabemos que ele tem alguma deficiência mental e merece ter os devidos cuidados. A última vez que o vi já faz uns meses. Ele estava com um cabelo enorme, barba gigantesca e cor pálida, típica de quem não toma sol. Isso é mais um problema”, descreve.

Em nome da vizinhança, o denunciante clama por uma ação rápida e eficaz dos órgãos públicos. “Isso não é certo. Estamos revoltados, falta pouco para acionarmos a polícia. Tinha que fazer alguma coisa com ela, encaminhar para algum tipo de ajuda, não sei. Só limpar não adianta”, finaliza.

Prefeitura de Santos

O Centro de Controle de Zoonoses e vetores da Secretaria de Saúde de Santos informa que, a partir da denúncia recebida na Ouvidoria, uma equipe de agentes de combate a endemias esteve no local nos dias 6 e 7 de fevereiro, porém a moradora não autorizou o ingresso dos profissionais.

A equipe realizou desratização no entorno do imóvel com a aplicação de 320 gramas de raticidas em bueiros e tocas.

A Prefeitura completa dizendo que “outras tentativas para adentrar o local, com o apoio de outras equipes da Saúde, serão realizadas a fim de solucionar a situação”.

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