Ministro da Educação visita Baixada Santista no segundo dia de provas do Enem

BAIXADA SANTISTA – O ministro da Educação, Milton Ribeiro, cumpriu uma agenda de compromissos na tarde deste domingo (24), na Baixada Santista. A visita do ministro, que é natural de Santos, ocorreu justamente no dia em que foi aplicada a segunda fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Junto com o prefeito Kayo Amado, Ribeiro esteve na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professora Laura Filgueiras, no bairro Vila Mateo Bei. Na sequência, o ministro fez uma visita a um colégio na Ponta da Praia, em Santos. Lá, ele esteve junto com os prefeitos Rogério Santos e Válter Suman, de Santos e Guarujá, respectivamente.

O ministro também falou com a imprensa sobre problemas enfrentados pelos estudantes no Enem 2020. Segundo Ribeiro, o MEC ajudou alunos que não tinham acesso à internet a se prepararem para a prova.

“Com relação à internet, fizemos o possível em termos de escolas conectadas. Distribuímos 400 mil chips para alunos que não tem acesso a internet. Fizemos o possível, inclusive ajudando na manutenção das escolas públicas. Não podíamos adiar (a prova), muita gente seria prejudicada”, disse.

Já sobre os estudantes que não puderam realizar a prova – por desistência ou porque as salas não tinham o distanciamento social necessário – terão outra oportunidade para fazerem o Enem. “Os estudantes que não puderam entrar (nas salas) não serão prejudicados de forma alguma. Dias 23 e 24 de fevereiro temos outra oportunidade”, afirmou.

O ministro, entretanto, ainda pretende discutir com o Inep sobre os relatos em diversos estados de candidatos que foram impedidos de fazer a prova por terem chego ao local e encontrado salas que já estavam com 50% da capacidade. “Ainda não tenho os dados para verificar o que aconteceu. A prova é aplicada pelo Inep, quero sentar com eles para analisarmos o que aconteceu e efetuarmos correções para futuras oportunidades”, destacou.

Antes de chegar na região, o ministro da Educação esteve em São Paulo, onde disse que foi correto prever alta abstenção no primeiro dia de provas do Enem para organizar as salas de aplicação do teste.  Do total de 5.523.029 inscritos para a versão impressa do Enem, 2.842.332 faltaram às provas da semana passada. O recorde anterior era de 37,7% em 2009.

Segundo Ribeiro, pela gestão “séria e responsável” do dinheiro público foi correto ter contado com a alta abstenção para organizar os locais de prova, ou seja, sem ampliação suficiente do número de salas para garantir que todas só tivessem 50% de candidatos.

“Se houve esse pensamento, de que a abstenção seria de pelo menos 30%, então estávamos certos porque ela foi de 51%. Temos que ver o outro lado também, e não estou querendo defender ninguém, mas imagine, se tivéssemos contratado tudo [número se salas suficiente], o valor de dinheiro público que haveríamos de usar”, concluiu.

Foto: Isabel Franson/#Santaportal