Menina com doença rara fica sem tratamento após plano interromper pagamento para clínica em Santos

Por Rodrigo Martins em 03/05/2024 às 16:00

Reprodução/Arquivo Pessoal
Reprodução/Arquivo Pessoal

A menina Júlia Cedrola Borges, de 5 anos, teve o seu tratamento para uma doença rara interrompido após a Unimed Rio deixar de realizar os repasses para o Centro de Apoio Terapêutico Claudia Alcântara, em Santos, onde a criança era atendida.

Júlia tem uma doença grave e rara chamada agenesia do corpo caloso (ausência completa ou de parte do corpo caloso, uma estrutura que conecta os dois lados do cérebro, permitindo a transmissão de informações). Ela realizava seis tipos de terapias nessa clínica em Santos.

O tratamento é realizado na Baixada Santista porque a mãe da criança, Isabel Cedrola, que é natural do Rio de Janeiro, veio morar em Santos em 2020. A pequena Júlia tem esse plano – que cobre todo o território brasileiro – desde os seus primeiros meses de vida.

Ainda em 2020, por decisão judicial, a família conseguiu que a Unimed custeasse todos os procedimentos. Mas no final do ano passado, sem aviso prévio, a Unimed teria parado de pagar a Clínica. Agora, a menina está sem tratamento desde 17 de janeiro desse ano.

“Eu entrei na Justiça para eles pagarem a clínica, que não tem convênio. A Justiça acatou e eles começaram a pagar. Em setembro de 2023, a Unimed Rio começou a atrasar os pagamentos e depois parou. Em janeiro desse ano falaram que estavam verificando a situação dela. Depois nada, nem e-mails eles respondem mais. E também não falam mais nada a respeito do assunto”, disse Isabel, em entrevista ao Santa Portal.

“A Unimed deve mais de R$ 12 mil para a clínica. A Júlia precisa retornar para os tratamentos urgente, pois está regredindo infelizmente”, acrescentou a mãe da criança.

O Santa Portal entrou em contato com a Unimed Rio sobre o caso. Por meio de nota, o plano de saúde destaca que “seu modelo de atuação é pautado na transparência e respeito aos clientes e colaboradores”. A Unimed Rio informa ainda que está trabalhando para que a regularização dos atendimentos seja normalizada o quanto antes.


Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
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