Lucas Sousa chega confiante em disputa por medalha nos Jogos Paralímpicos
Por Gustavo Sampaio em 28/08/2024 às 16:00
Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 começam nesta quarta-feira (28) e a Baixada Santista chega na disputa com uma delegação de 12 atletas. Lucas Sousa Pereira é um deles. O corredor de Guarujá disputa a prova dos 100m no atletismo nesta sexta-feira (30).
O atleta, que perdeu os dois braços após um acidente na infância, é uma das esperanças de medalha do Brasil no atletismo. Ele disputa a semifinal e uma possível final dos 100m na sexta-feira (30). A prova será disputada pelas categorias T 45, T 46 e T 47.
O atletismo, inclusive, leva um recorde de 71 atletas para Paris. Desse total, a Baixada Santista tem quatro representantes. Aliás, o atletismo é a modalidade que mais trouxe medalhas para o Brasil em Jogos Paralímpicos na história.
Em entrevista ao Santa Portal, o corredor explicou que sempre foi fã de esportes, mas começou no atletismo apenas aos 15 anos, após dar uma chance ao esporte paralímpico.
“No final de 2021, decidi que ia entrar de cabeça, era o que realmente queria para a minha vida. Foi onde decidi levar como profissão mesmo, depois disso, consegui fazer marca para ficar entre os melhores do mundo”.
Esta é a primeira vez de Lucas em uma competição desta magnitude, mas o atleta já participou de outras competições internacionais e projeta um desempenho de alto nível em Paris.
“Minha expectativa para medalha está grande, porque vim para cá com a terceira melhor marca do mundo neste ano. Também estou em terceiro no ranking mundial e de acordo com meus treinos, ainda estou para fazer minha melhor marca”.
O guarujaense também explicou como estão os treinos para a competição. “Agora estamos em Trois, em aclimatação e fazendo potência, ou seja, aumentou a intensidade e diminuiu o volume. Por exemplo, nós estamos fazendo os tiros mais fortes e poucos tiros, entendeu? Só estímulo de velocidade. A intensidade aumentou muito quando nós chegamos aqui”.
Lucas ainda citou como ele pode inspirar outras pessoas a seguir seus sonhos e praticar o esporte na Baixada Santista.
“Acho que a minha história pode inspirar em questão de superação, acho que muitas pessoas vieram falar comigo sobre superação de não se passar por coitados, mas é saber que tudo é possível. Tudo aquilo que o ser humano quer, ele pode conseguir independente das suas limitações. Acho que um pouquinho também de resiliência, porque fui um atleta que que sofri muito com lesões, tive que superar não só meus limites, a parte do alto rendimento exige muito do corpo e sofri muitas lesões, mas nunca desisti disso. Sempre foquei no meu objetivo e acho que posso inspirar através disso, superação e resiliência”.
