Ibama traça estratégias para rastrear produtos perigoso no Porto de Santos

Por #Santaportal em 14/08/2020 às 15:36

PORTO – Técnicos do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e especialistas em nitrato de amônio participaram, na tarde da última quinta-feira (13), da primeira reunião sobre as principais estratégias que serão adotadas no rastreamento de produtos químicos perigosos armazenados no Porto de Santos.

O encontro foi promovido após o grave acidente que deixou mais de 170 mortos e milhares de feridos em uma explosão no Porto de Beirute, capital do Líbano, no último dia 4 de agosto.

As explosões foram causadas pela detonação de 2.750 toneladas de nitrato de amônio. A substância é um sal branco e inodoro, usado na composição de determinados fertilizantes na forma de grãos, altamente solúveis em água.

Segundo a agente ambiental federal, Ana Angélica Alabarce, responsável pelo Ibama na região, o momento é de as autoridades se unirem para que seja feita uma varredura sobre o que de fato está acontecendo no Porto de Santos. De acordo com a agente ambiental, essa operação de prevenção é essencial para que haja uma prevenção contra acidentes no maior porto brasileiro.

Ana Angélica iniciou contato com autoridades do setor portuário para avaliar a operação do produto no cais santista. A reunião estava prevista para acontecer ainda nesta semana. No entanto, por incompatibilidade de agendas, precisou ser adiada.

Enquanto o encontro não acontece, técnicos do Ibama, com o apoio de especialistas em produtos químicos e em atendimentos de emergência, já iniciaram os trabalhos, definindo as primeiras metas e os parâmetros da operação. Os parâmetros e as metas não foram divulgados.

A previsão é que as ações comecem a serem colocadas em prática a partir da segunda quinzena de setembro. A operação, que objetiva garantir maior prevenção quanto aos produtos perigosos armazenados ou em passagem pelo Porto de Santos, promete se estender pelos próximos meses.

?Nós já realizamos algumas operações há alguns anos, onde nós convidamos até equipes do Ibama em outros estados, para servir de multiplicadores nos seus portos. É uma operação que se torna sigilosa, porque vamos falar com todas as equipes que convidamos de fiscalização, aonde a gente traça como iremos fazer essa abordagem?, explicou a agente ambiental.

Ainda segunda ela, os trabalhos se tornam necessários, com uma certa brevidade, pela própria situação que ocorreu em Beirute. ?Nós vamos nos ater também a como será realizada essa operacionalidade. Nós estamos com a missão humanitária que partiu na quarta-feira à Beirute e a próxima semana também vai estar, partindo mais algumas equipes, então iremos nos ater aos prós e contras dessa parte de nitrato?, salientou. 

Na próxima semana, um novo encontro deverá ser realizado. Desta vez, com autoridades atuantes no Porto de Santos. 

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