27/04/2022

Ibama realiza operação em combate à pesca ilegal no período de defeso de camarão

Por Santa Portal em 27/04/2022 às 12:12

Luiz Louzada / Ibama
Luiz Louzada / Ibama

Em combate à pesca ilegal durante o período de defeso do camarão, que vai de 1º de março a 31 de maio, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realiza a Operação Decapoda. A iniciativa abrange todo o litoral paulista, de Ubatuba até a área próxima aos limites com o estado do Paraná.

A ação é realizada em parceria com a Marinha do Brasil, a Capitania dos Portos do Estado de São Paulo (CPSP), o Grupamento de Patrulha Naval Sul Sudeste (GPNSS), a Polícia Militar Ambiental, a Fundação Florestal, e apoio da Polícia Federal e Polícia Civil.

Foram realizadas vistorias em barcos da região, petrechos de pesca e suas respectivas cargas. Com o monitoramento aéreo, foi possível localizar eventuais suspeitos ou alvos encontrados no mar e, também, em terra firme. E, por terra, a operação vistoriou empreendimentos de distribuição, estocagem e comercialização de pescado.

Em março, foi finalizada a segunda etapa da Operação Decapoda no Rio Grande do Sul, realizada em cojunto com a Brigada Militar Ambiental, Marinha do Brasil e Polícia Federal, durante a safra do camarão na Lagoa dos Patos.

De acordo com o Ibama, a pesca ilegal no local acarreta grandes danos ao ecossistema estuarino, destruindo áreas com vegetação submersa de gramíneas marinhas, que constituem o berçário de criação de peixes e invertebrados. Essa prática irregular pode levar à morte grande quantidade de recursos pesqueiros juvenis, com prejuízo, inclusive, para os próprios pescadores, atingindo diretamente espécies como a corvina, tainha, peixe rei, siris, linguado e até espécies ameaçadas de extinção – como a miraguaia e os bagres.

Nessa etapa, foram feitos 36 autos de infração, que somaram R$ 4.528.610 em multas, e apreendidos 27.540,5 kg de camarão, 16.579,5 kg de peixes, sendo 602 kg de espécies ameaçadas de extinção (elasmobrânquios), 137 kg de pescado em período reprodutivo (anchova), nove veículos, 13 embarcações, uma rede de pesca, quatro portas de arrasto, dois Rádios PX, dois GPS, uma balança digital e duas caixas de ferramentas.

Além disso, uma empresa de pesca industrial foi embargada e lacrada por não possuir licença ambiental para exercer a atividade, e duas embarcações de pequeno porte foram inutilizadas por estarem relacionadas a pesca ilegal, não possuírem registro na marinha, indicação de marcas de nome, número no casco e, também, não possuírem proprietário identificado. Os pescados apreendidos em condições sanitárias de consumo foram doados para o Programa Sesc Mesa Brasil.

A operação no RS continua, numa próxima etapa, até o final de maio – quando encerra o período de crescimento do camarão na lagoa e ocorre a migração do crustáceo para o mar.

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