Homem atira na mulher e depois ameaça matar o sogro em Guarujá

Por Santa Portal em 18/04/2022 às 14:00

Reprodução/Plantão Guarujá
Reprodução/Plantão Guarujá

Diecleton Farley dos Santos, de 42 anos, foi preso em flagrante por balear a mulher e, momentos depois, ameaçar matar o sogro a tiros. O crime aconteceu às 23h50 de domingo (17), em Guarujá, e detalhes do ocorrido foram revelados pelo pedreiro José Augusto dos Santos, de 67 anos, pai da ferida. A bala penetrou na mão esquerda de Alexandra dos Santos, de 41 anos, e saiu pelo ombro. Ela passa bem.

Após o atentado, Diecleton se trancou em casa, na Rua João Paulo II, na Vila Zilda. Devido ao receio de que o episódio tivesse consequências piores, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, cercou o imóvel e negociou a rendição do acusado. Porém, ele apenas decidiu se entregar por volta das 7 horas desta segunda-feira.

Fiscal de turma de uma empresa de terraplanagem e coleta de lixo, na qual trabalha com o sogro, Diecleton foi levado à Delegacia de Defesa da Mulher de Guarujá e autuado em flagrante por tentativa de feminicídio pela delegada Maria Aparecida Scanavacca. Em 2015, ele agrediu Alexandra com um soco no rosto, sendo registrado na época boletim de ocorrência. O casal tem duas filhas, uma com 17 anos e a outra com 9.

“Merece morrer”

Depois que foi baleada, Alexandra correu até a casa do pai, situada no térreo, e Diecleton chegou logo em seguida. O fiscal de turma portava um revólver calibre 38, mirou para o sogro e lhe disse “você também merece morrer”, conforme o pedreiro. José Augusto contou que o genro acionou três vezes o gatilho, mas a munição havia acabado.

Bastante exaltado, Diecleton foi para a cozinha e José Augusto e Alexandra aproveitaram para sair da residência. Um vizinho utilizou o seu carro para socorrer a mulher. Ela foi levada para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Matheus Santamaria, na Rodoviária. Antes da chegada de policiais militares ao local do crime, o fiscal de turma se trancou no imóvel, motivando o cerco da casa pelo Gate.

Alexandra, Diecleton e as filhas foram para uma festa no domingo. Momentos depois de retornar à moradia, segundo a mulher, o casal discutiu e o marido ficou “transtornado”, baleando-a. Sob a assistência de uma advogada, o acusado alegou em seu interrogatório que a sua intenção foi apenas a de “assustar” a companheira. O fiscal de turma também negou que tivesse tentado matar o sogro, porque a arma sequer tinha mais munições.

Em relação ao revólver, Diecleton afirmou desconhecer o seu calibre. Ele relatou que o “achou” na rua durante um serviço de coleta de lixo e decidiu guardá-lo em casa. O acusado foi encaminhado à cadeia. O feminicídio é um crime de competência do tribunal do júri. A tentativa é punível com reclusão de quatro a 20 anos. (EF)


Foto: Reprodução/Plantão Guarujá


Foto: Reprodução/Plantão Guarujá

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