Há 50 anos, Pelé fazia sua última partida com a camisa do Santos

Por Guilherme Guarche/Centro de Memória Santos FC em 02/10/2024 às 21:00

Divulgação/Santos FC
Divulgação/Santos FC

A imagem de Edson Arantes do Nascimento, o eterno Rei Pelé, ajoelhado no centro do gramado do estádio Urbano Caldeira é uma das mais vistas quando o assunto é a sua gloriosa carreira.

Essa foto que já entrou para a história, mostrando o Rei de braços abertos e chorando, entristecendo não só os 20. 258 espectadores nas arquibancadas da Vila Belmiro, como também os esportistas de todo o mundo naquela noite de quarta-feira, 2 de outubro de 1974.

Era o adeus do melhor jogador de futebol de todos os tempos, depois de 18 anos vestindo a camisa do time que tanto amou. O adversário do Santos naquela partida histórica foi a Ponte Preta, derrotada pelo placar de 2 a 0, com gols de Cláudio Adão e Geraldo, contra, a favor do Peixe.

O time praiano, que jogou com camisas alvinegras, era dirigido pelo técnico Elba de Pádua Lima, o Tim, o mesmo técnico que tentou levar para o Bangu o garoto Pelé, quando o menino tinha apenas 14 anos, e não teve sucesso na empreitada porque dona Celeste a mãe do menino não autorizou sua saída para jogar no time do Rio de Janeiro. 

O técnico Elba de Pádua Lima escalou o Peixe com: Cejas, Wilson Campos, Vicente, Bianchi e Zé Carlos; Léo Oliveira e Brecha, Da Silva, Cláudio Adão, Pelé (Gilson) e Edu. 

Durante aquela semana, a cidade de Santos recebeu muitos jornalistas, ávidos em presenciar a despedida do Atleta do Século, de várias partes, não só do Brasil como de todo o mundo. Só se falava no derradeiro jogo do craque santista.  

E foi exatamente aos 20 minutos do primeiro tempo que Pelé pegou a bola e sem que ninguém esperasse, ele se ajoelhou no meio do círculo central, abriu os braços e disse adeus ao futebol. Na sequência se levantou e cercado de repórteres e fotógrafos deu a volta olímpica com a camisa na mão correndo e chorando para os vestiários do Santos.

Saindo depois em um carro da Polícia Militar que o esperava na parte externa do estádio. No lugar do Rei entrou Gílson, o popular beija-flor.

Desde a primeira vez em que vestiu a camisa do time principal do Peixe, no dia 7 de setembro de 1956, em Santo André, na vitória pelo placar de 7 a 1, foram 1116 apresentações com 1091 gols marcados só pelo Alvinegro. Ao todo o Rei jogou em sua fantástica carreira 1365 partidas com 1282 gols marcados. 

Pelé foi o artilheiro máximo no Campeonato Paulista nos anos de 1957 até 1965, depois em 1969 e por último em 1973. No ano de 1958 o Rei marcou 58 gols no certame regional um recorde. 

Pela Seleção Brasileira Pelé jogou 113 partidas e assinalou 95 gols. É tricampeão mundial pela Seleção Brasileira tendo participado de quatro mundiais (1958/62/66 e 1970). 

Depois da despedida do Santos, Pelé voltaria ao futebol profissional em 1975, jogando nos Estados Unidos pela equipe do New York Cosmos onde atuaria até o dia 1º de outubro de 1977. O Rei, antes dessa data, ainda vestiu a camisa santista em uma partida pelo torneio Governador do Estado (Roberto Santos) na Bahia, no dia 07 de dezembro de 1975, no empate em 1 a 1 diante do EC Bahia. Foi seu último título ganho jogando pelo Alvinegro Praiano.

Os principais títulos do Rei no Santos 

Bicampeão Mundial Interclubes nos anos de 1962/63

Bicampeão da Taça Libertadores nos anos de 1923/63

Campeão Brasileiro nos anos de 1961/62/63/64/65 e 1968 

Campeão da Recopa Sul-americana em 1968 

Campeão da Recopa Mundial em 1969 

Campeão do Torneio Rio-São Paulo nos anos de 1959/63/64

Campeão Paulista nos anos de 1958/60/61/62/64/65/67/68/69 e 1973.

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