Guilherme Boulos (PSOL) diz estar do lado oposto a Bolsonaro e pretende convocar plebiscito

RUMOS E DESAFIOS – As eleições acontecem no dia 7 de outubro e, até lá, o Rumos e Desafios está recebendo candidatos à presidência, governo do Estado de São Paulo e Senado. O jornalista Gustavo Klein recebeu Guilherme Boulos, candidato à presidência pelo PSOL, e questionou sobre planos de governo e cenário eleitoral.

Sem papas na língua, Boulos disse que se orgulha de estar do lado oposto de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições. “Para mim, é um orgulho e um mérito. Alguém que faz sinal de arma com a mão de uma criança, alguém que diz que teve cinco filho e que na quinta fraquejou pra nascer uma mulher, alguém que só consegue resolver as coisas na porrada, no grito e na agressão”, disse.

A esquerda, nas eleições, está sendo representada não só por ele, como também por Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Haddad (PT). Conforme o candidato, há chances altas de a esquerda estar no segundo turno. “O governo de Temer (PMDB) é o mais rejeitado da história republicana do país, com 97% de rejeição. O brasileiro não vai colocar dois “Temers” no segundo turno. A esquerda, além de fazer oposição ao atual governo, se coloca de maneira clara pela mudança desse sistema político, que esta apodrecido”, declarou.

Guilherme Boulos também criticou a realidade brasileira, a qual ele considera extrema. Segundo Boulos, extremo é ter 6 milhões de pessoas sem casa e oito milhões de imóveis vazios. Além de os seis maiores bilionários do país serem mais riquezas do que 100 milhões de brasileiros. Por isso, ele quer “lutar por igualdade de oportunidade, contra os privilégios, lutar para que as pessoas possam participar mais da política”.

O presidenciável afirma que sua candidatura não recebe de empreiteiros, grandes empresários ou banqueiros e, por isso, quando for eleito, não terá “rabo preso” com ninguém. Caso seja eleito, no dia 1° de janeiro, ele pretende convocar um plebiscito para revogar todas as medidas tomadas pelo governo Temer.

Além disso, Boulos falou sobre segurança pública. Sua proposta quanto a isso é “puxar a responsabilidade para o governo federal”. De acordo com ele, será criado o Programa 123, que será focado nos 123 municípios com maior taxa de homicídios violentos e que tudo será baseado em prevenção e inteligência.

Para conferir a entrevista completa, assista o vídeo abaixo.