25/07/2019

Governo Trump retoma aplicação da pena de morte após 16 anos

Por ANSA em 25/07/2019 às 19:03

EUA – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou hoje o fim de uma moratória de 16 anos na aplicação da pena de morte contra condenados por tribunais federais.

O governo de Donald Trump adotou um novo protocolo de injeção letal e já programou cinco execuções em uma prisão federal no estado de Indiana. Os Estados Unidos contabilizam apenas três aplicações de pena de morte na esfera federal desde 1988, sendo que a última delas ocorreu em 2003.

Atualmente, apenas 62 detentos estão no “corredor da morte” de penitenciárias administradas pelo governo dos EUA, enquanto as prisões estaduais contabilizam 2.743 pessoas nessa situação.

Segundo o Departamento de Justiça, os primeiros cinco presidiários a serem executados são culpados por “ter matado, e às vezes torturado e violentado, os membros vai vulneráveis da sociedade”, como crianças e idosos.

O primeiro na fila é Daniel Lewis Lee, supremacista branco condenado pelo assassinato de uma família de três pessoas, incluindo um menino de oito anos, no Arkansas. Sua execução está prevista para 9 de dezembro.

A retomada da pena de morte na esfera federal (ela continuou sendo aplicada em alguns estados nesse período) era uma vontade antiga de Trump, que busca reforçar seu discurso “linha dura” em vista das eleições de 2020.

Atualmente, 21 dos 50 estados americanos aboliram ou suspenderam a pena capital, seja por controvérsias ligadas às injeções letais, que causariam sofrimento excessivo nos condenados, seja pela escassez das substâncias usadas, já que grandes empresas farmacêuticas não querem ser associadas a esse tipo de prática.

Oposição
Três dos quatro principais pré-candidatos do Partido Democrata à Presidência criticaram a nova medida da gestão Trump. “Já existe bastante violência no mundo. O governo não deveria aumentá-la. Quando eu for presidente, aboliremos a pena de morte”, prometeu o senador Bernie Sanders.

Já a senadora Kamala Harris, nova sensação das primárias democratas, afirmou que a pena capital é “imoral”. “Muitos inocentes foram executados. Precisamos de uma moratória nacional na pena de morte, não de uma ressurreição”, disse.

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