Funcionários da Codesavi fazem passeata em São Vicente; salário de maio ainda não foi pago

SÃO VICENTE – Hoje (14), centenas de trabalhadores da Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi) saíram em passeata do local conhecido como ‘fábrica’, localizado na esquina das Avenidas Nações Unidas e Mascarenhas de Morais, até o paço municipal.

A greve dos 1.250 empregados da empresa de economia mista controlada pela prefeitura segue desde a quarta-feira passada (8), em reivindicação aos salários atrasados do mês de maio. A partir das 8h30 de amanhã (15), eles realizarão uma assembleia diante da prefeitura para acompanhar as negociações.

Após a assembleia, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos) se reunirá com o presidente da empresa, José Cosme de Jesus, para tratar dos salários atrasados e da renovação do acordo coletivo na data-base.

A expectativa para o presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, é de que a Codesavi resolva a situação de modo definito. “Assim irá evitar as seguidas paralisações que tanto desgastam os trabalhadores, a empresa, a prefeitura e a população”, disse.

O salário de maio deveria ter sido pago na terça-feira (7), 18 dias após a empresa de economia mista, controlada pela prefeitura, ter prometido, ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), que não mais atrasaria os pagamentos de seus 1.250 empregados.

A garantia foi dada por Cosmo de Jesus e pelo gerente financeiro da empresa, Ricardo Rey Rodrigues, ao juiz desembargador vice-presidente do TRT, Wilson Fernandes, na audiência de conciliação de 20 de maio, em relação a uma greve que durava 13 dias.

Como o acordo prevê multa de 25% do valor de cada salário ou benefício atrasado, o presidente do sindicato, autor da proposta, orientou o jurídico da entidade a cobrar a multa em processo na Justiça do Trabalho de São Vicente.

Segundo Macaé, o vale-transporte foi pago com atraso e a cesta-básica não foi distribuída. Entre 7 e 21 de maio, a categoria esteve paralisada contra o atraso de pagamentos.

Data-base
Desde 24 de maio, a diretoria do Sintracomos vem negociando com a Codesavi as reivindicações da campanha salarial para a data-base de maio, entre elas a reposição inflacionária e aumento real de 5%.