Fiscalização de cargas perigosas no Porto de Santos começa segunda

Por #Santaportal em 19/09/2020 às 15:24

PORTO DE SANTOS – A primeira etapa da Operação Relíqua, varredura no Porto de Santos que tem como objetivo identificar cargas de produtos perigosos abandonadas, terá início na próxima segunda-feira (21). Um encontro na sede da Autoridade Portuária de Santos, antiga Codesp, marcará o início das atividades, que devem se estender até o próximo dia 8. 

O objetivo do encontro é repassar o cronograma dos trabalhos, que incluirão visitas a terminais que movimentam produtos perigosos no cais santista.  A expectativa é que durante a operação, mais de 50 armazéns portuários sejam vistoriados no Porto. Indústrias de Cubatão também deverão ser vistoriadas.

Além do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), a Autoridade Portuária de Santos, a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), a Receita Federal, as polícias Federal e Militar, o Exército, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq, o órgão regulador do setor), a Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), a Agência Nacional de Transportes Terrestres e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) vão participar da operação.

O sinal de alerta para os riscos de cargas perigosas no cais santista foi aceso depois da tragédia na região portuária de Beirute , no início de agosto. A explosão provocou tremores comparados a um terremoto de magnitude 3,3 na escala Richter. O número de mortos passou de 170. Mais de 6 mil pessoas ficaram feridas na capital do Líbano.

As causas da explosão ainda não foram confirmadas. A suspeita é de que 2.750 toneladas de nitrato de amônio estavam armazenadas de maneira incorreta há anos na região portuária da capital libanesa.

No início deste mês, um armazém de óleo e pneus, em uma área já destruída pelas explosões do último dia 4 de agosto, pegou fogo. 

Na região, a movimentação e a armazenagem de nitrato de amônio ocorre no Terminal Marítimo do Guarujá (Termag), na Margem Esquerda do Porto (Guarujá). Na Margem Direita (Santos), não há armazenamento e, quando há operação deste produto, ela é feita com descarga direta para caminhões (que deixam a zona portuária de imediato). No ano passado, mais de 2,2 milhões de toneladas de fertilizantes foram desembarcadas no complexo.

Como o nitrato de amônio é produzido em Cubatão, no Complexo Industrial da Yara, a instalação também será vistoriada pela Operação Relíqua. A empresa, especializada em fertilizantes agrícolas, atua em escala global na produção, mistura, armazenamento e distribuição do insumo a partir da cidade.

As vistorias no Porto de Santos deverão ser, posteriormente, replicadas em outros portos do Brasil.

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