Festival Santista de Teatro (Festa) chega a 66ª edição ocupando teatros e espaços públicos

Por Santa Portal em 20/08/2024 às 17:00

Valéria Félix/Divulgação
Valéria Félix/Divulgação

Entre sexta-feira (23) e 1º de setembro, Santos recebe o 66º Festival Santista de Teatro, mais antigo festival de artes cênicas em atividade no Brasil e Patrimônio Imaterial Cultural do município. Realização do Movimento Teatral da Baixada Santista, o evento, gratuito, terá o tema Teatro do Mangue à Maresia e reúne obras de variados gêneros e formatos, para o público adulto e infanto-juvenil, em espaços convencionais, alternativos e de rua.

A programação de mostras oficiais (Regional, Estadual e Nacional) contempla 28 espetáculos e, além destes trabalhos, o evento também contará com uma extensa Mostra Paralela, totalizando mais de 70 atrações durante os dez dias de Festival.

Festa 66 conta com as parcerias do Sesc Santos, Sesi, Secretaria Municipal de Cultura – Prefeitura de Santos e Secretaria de Cultura e Economia Criativa – Governo do Estado de SP, através do Programa de Ação Cultural (ProAc) Edital 40/2023.

Abertura O espetáculo de abertura do festival é Ficções, solo de Vera Holtz com direção de Rodrigo Portella. A sessão, pela Mostra Nacional, acontece no dia 23 de agosto, sexta-feira, às 20h, no Teatro Sesc Santos (R. Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida), com entrada gratuita, mediante retirada de ingressos na bilheteria da unidade, a partir das 10h, no dia da apresentação.

Sucesso de crítica e público, a montagem – que rendeu à atriz o Prêmio Shell de Teatro em 2023 – é inspirada no livro Sapiens – Uma Breve História da Humanidade, de Yuval Harari. A dramaturgia de Portella traça paralelos entre a obra e a capacidade humana de criar e acreditar em ficções – deuses, dinheiro, nações – e, ainda assim, a insegurança de nossa espécie, mesmo alçada à condição de “dona” do planeta.

Mostras Oficiais

Mostra Regional conta com dez espetáculos, selecionados através de um processo de curadoria coletiva. São eles: “Calma e Constância” (Coletivo Valsa Pra Lua, de Cubatão), “O Plano” (Cia. Trilha, de São Vicente), “Escarcéu” (Cia Etra, de Santos), “Alice Interrompida” (O Coletivo, de Santos), “Titânia” (Cia. Circo Rebote, de Praia Grande), “Menina Rabeca, Onde Vive O Mar” (Cia. Burucutu, de Itanhaém), “Democraceria Ltda” (Trupe Olho da Rua, de Santos), “O Baú de Candoca” (TEP – Teatro Experimental de Repertório, de Santos), “A Gaiola – O Musical” (Apolo Entretenimento, de São Vicente) e “Proibiram O Amanhã e Outras Drogas Menos Intensas” (Alvorada Cultural, de Santos).

Já a Mostra Estadual terá 16 espetáculos:  O Caminho do Sol”, com o Núcleo Vamos de Teatro (Vinhedo – SP); “Hoje Godot Não Vem”, com a Cia. Caravan Maschera (Atibaia – SP); Cícera”, com o Grupo Contadores de Mentira (Mairiporã – SP); Uenda/Congembo”, com o Coletivo Ponte Elemento Per (Santo André – SP); Os Quatro Cantos de Elpídio”, com a Cia. Navega Jangada (São Paulo – SP); Planeta Só Terra”com A Tua Cia (Ribeirão Preto – SP); “Sabiás do Sertão”, com a Cia. Cênica (S. J. do Rio Preto – SP); “Revolução dos Bichos”, da Cia. Apocalíptica (S. J. do Rio Preto – SP); Como Se Fosse”com o Grupo Matula Teatro (Campinas – SP); “Super Tosco”, com a Cia. Rosa dos Ventos (Presidente Prudente – SP); “Levante”da Cia. Corpo Rastreado (São Paulo – SP); Fubá – Uma Receita para o Tempo”, com o Impacto Agasias Grupo de Teatro (São Paulo – SP); Pagú, Anjo Incorruptível”, com o Núcleo Toada (São Paulo – SP); “Corpo Máquina”, com a Cia. Robo Art (S. José do Rio Preto – SP); Máquinas do Mundo”, de José Miguel Wisnik (São Paulo-SP); e “Aviso Prévio”, com a Cia. Dois de Teatro (São Paulo – SP).

Completando as mostras oficiais, a Mostra Nacional apresenta, além de “Ficções”, o espetáculo “Billie Holiday, A Canção – Um Espetáculo à Cor da Pele”, de Hunald de Alencar, com interpretação da atriz Tânia Maria.

Mostra Paralela

A programação paralela do festival contempla diversas linguagens artísticas e dialoga com as mostras oficiais. As atividades incluem lançamentos de livros, com temáticas que vão desde a trajetória de Patrícia Galvão, até o movimento teatral nas periferias brasileiras; bate-paposensaios abertosoficinas e laboratórios de dramaturgia (com inscrições gratuitas pelo link https://encurtador.com.br/gSzZa), exposições, auditours, exibição de filmes apresentações musicais.

A edição também será marcada pelo lançamento do projeto do monumento ” Pagu & Herculano”, escultura do artista Luis Garcia Jorge em homenagem às lutas de Pagu. A obra retrata a prisão de Patrícia Galvão, em 1932, na Praça dos Andradas, durante uma manifestação ao lado  dos estivadores. Na ocasião, o trabalhador portuário e homem negro  Herculano foi assassinado pela polícia de Getúlio Vargas. Levada à Cadeia Velha, Pagú tornou-se a primeira mulher presa por razões políticas no país. 

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