23/01/2017

Favorito ao Oscar 2017, 'La La Land' é uma homenagem à história de Hollywood

Por Gustavo Klein /Santaportal em 23/01/2017 às 10:57

CINEMA – Como fã assumido de musicais, não poderia deixar de indicar ‘La La Land’. Filmão com excelentes canções que ficam na memória, história de amor interessante e cenas de dança – ah, como adoro musicais que incluem dança! – muito legais. Um baita filme alegre, colorido, bem produzido, bem executado, bem coreografado e com uma história muito simples (garoto conhece garota, garoto e garota se apaixonam, lua de mel, problemas, redenção) mas extremamente eficaz até para quem, diferente de mim, não tem as referências.

Meu querido jazz, tão decadente, também está, na paixão do personagem principal pelo gênero. Ele passa o filme todo sonhando em abrir seu próprio clube de jazz e reclamando que seu lugar preferido virou um bar de “samba e tapas”. Ryan Gosling faz um pianista tão cheio de personalidade que vive desempregado. Emma é a clássica garçonete que sonha em ser atriz. Ambos se esbarram, se apaixonam e se motivam, mutuamente, a realizar os próprios sonhos. Não dá para contar mais sem estragar alguma surpresa.

O diretor, Damien Chazelle, já havia me impressionado muito em seu filme anterior, o vibrante Whiplash. A parte musical fica a cargo de Justin Hurwitz e da dupla Benji Pasek e Justin Paul e supera as expectativas em quase todas as canções. A coreógrafa Mandy Moore (apenas uma homônima da atriz e cantora) enfia homenagens em cada passo.

Acho que este ano, no Oscar, não vai ter pra ninguém, até porque Hollywood adora se ver homenageada nas telas e o filme é uma deslumbrante sequência de homenagens a grandes clássicos. Contei, na primeira vez que vi, seis referências a Casablanca, das mais óbvias, como citações, a outras nem tão perceptíveis. Cantando na Chuva também está lá. Gene Kelly, Fred Astaire e outros nomes clássicos também são lembrados. Nominalmente ou em sugestões bem escondidas. Todo o cinema musical clássico está lá.

É barbada o Oscar para ‘City of Stars’, grande canção do filme. Melhor filme também é estatueta quase certa, a não ser que os ventos mudem muito nas próximas semanas. Só vou torcer, infelizmente, contra a Emma Stone, mesmo sendo este seu melhor papel até hoje. Minha preferida continua sendo a Amy Adams em ‘A Chegada’. No mais, toda a minha torcida no Oscar deste ano vai para La La Land. Feliz pelo filme, uma deliciosa experiência que merece ser repetida algumas vezes.

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