26/04/2021

Favorita, paratleta só pensa em trazer o ouro para Santos

Por #Santaportal em 26/04/2021 às 20:01

PARALIMPÍADAS – A relação de amor entre a atleta paralímpica Elizabeth Gomes (Fupes) e a cidade de Santos tem tudo para resultar em uma medalha nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, que serão realizados entre os dias 24 de agosto e 5 de setembro.

Aos 55 anos, Beth chegará ao Japão como a atual campeã mundial e recordista mundial do lançamento de disco da classe F-52 (para cadeirantes).

O status de favorita da santista veio depois de um 2019 irretocável, quando garantiu a vaga para Tóquio. Ela venceu o Mundial de Atletismo em Dubai, nos Emirados Árabes, e também os Jogos Para-Panamericanos de Lima, no Peru. Os resultados fizeram com que fosse eleita a melhor atleta brasileira paralímpica entre todas as modalidades.

Em 2020, pega de surpresa pela pandemia de covid-19, Beth não diminuiu o ritmo de treinamentos. “Montei uma mini-academia dentro de casa e estou treinando forte junto com a minha técnica Roseane Farias. Não perdi a performance, continuo com marcas boas e estou pronta pra trazer essa medalha tão sonhada para a cidade”, diz Beth.

História de conquistas e superação
A história de Beth de conquistas, dificuldades e superação está totalmente conectada com a cidade de Santos, onde ela nasceu, se tornou servidora pública municipal e jogou em um time de vôlei. Aos 27 anos, foi diagnosticada com esclerose múltipla e soube que não poderia mais praticar o vôlei. “Fiquei em depressão, foi a morte para mim”. 

O esporte volta para a vida de Beth quando ela é chamada para jogar basquete em cadeira de rodas. Ela relutou, pois não gostava muito da modalidade, mas acabou aceitando. Dos treinos no Ginásio Rebouças para a seleção brasileira, Beth acumulou medalhas e realizou o sonho de representar o País nos Jogos Paralímpicos de Pequim, em 2008. “O esporte se tornou meu oxigênio. É o que me dá força para viver”.

Atletismo 
Após um surto da esclerose, Beth precisou deixar o basquete e decidiu se aventurar no atletismo. Foram novas histórias de luta, superação e vitórias dentro e fora do esporte. “Santos sempre me abraçou e me deu estrutura para poder praticar esporte e continuar sonhando mesmo com todas as dificuldades causadas pela esclerose”.

Em 2016, Beth estava classificada para as Paralimpíadas do Rio de Janeiro. Porém, sua categoria foi retirada da competição e ela acabou ficando de fora. “Consegui dar a volta por cima. Aprendi a lidar com cada obstáculo que aparece. Fui recompensada com essa vaga para Tóquio”, diz.

Amor pela cidade
Agora, o foco total é trazer a medalha dourada para a cidade.  “Santos significa tudo para mim, desde antes de eu me tornar deficiente. Já são 25 anos dentro do esporte e eu não troco minha cidade por nada. Vai ser um prazer representar Santos em Tóquio”, completa. 

 

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