16/03/2022

Família de congolês administrará quiosque na zona norte do Rio

Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - em 16/03/2022 às 20:30

Yvonne Lay, mãe do congolês Moïse Kabagambe, morto no Quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca, e Djodjo Baraka, irmão, se reúnem com membros da Comissão de Direitos Humanos da Alerj,
Yvonne Lay, mãe do congolês Moïse Kabagambe, morto no Quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca, e Djodjo Baraka, irmão, se reúnem com membros da Comissão de Direitos Humanos da Alerj,

A família do congolês Moïse Kabagambe, espancado e morto no dia 24 de janeiro, na Barra da Tijuca, aceitou administrar um quiosque no Parque Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro. O município havia oferecido inicialmente a concessão do quiosque Tropicália, onde o jovem foi morto, mas os familiares do rapaz de 24 anos não aceitaram, alegando razões de segurança.


Em nota, a Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento informou que o secretario Pedro Paulo Carvalho negociou a cessão do quiosque em Madureira para a família de Moise. “A decisão foi tomada em comum acordo com os parentes do congolês, que preferiram não assumir a operação dos estabelecimentos oferecidos inicialmente, na orla da Barra da Tijuca. Os detalhes da operação, ainda em parceria com a Orla Rio, serão divulgados dentro dos próximos dias”, diz a nota.


Segundo o advogado Rodrigo Mondego, que representa a família de Moise, a estrutura do local e o maquinário serão doados pela Orla Rio, concessionária que administra os quiosques.


O espancamento de Moïse foi registrado pelas câmeras de segurança do quiosque. Nas imagens, é possível ver o congolês foi derrubado no chão por um homem e, na sequência, recebeu vários golpes deste e outros agressores, que continuam batendo mesmo depois de ele ter sido imobilizado e estar desacordado.


Tres homens que participaram das agressões a Moise foram presos temporariamente e tiveram a prisão confirmada em audiência de custódia: Fábio Pirineus da Silva, o Belo; Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove, e Brendon Alexander Luz da Silva, o Tota.

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