Fabrício da Silva Pinto (vôlei sentado) | "Comemoração só virá após a medalha"

Por Lucas Krempel em 18/08/2021 às 13:20

Em sua quarta participação nos Jogos Paralímpicos, a seleção masculina de vôlei sentado busca a sua tão sonhada medalha. O resultado tem melhorado a cada edição. Estreou com um sexto lugar em Pequim (2008), fechou em quinto em Londres (2012) e chegou ao quarto no Rio de Janeiro (2016).

No ranking mundial é o segundo colocado, atrás apenas da poderosa seleção do Irã, que tem seis medalhas de ouro paralímpicas e duas pratas, todas nas últimas oito edições.

Dentre os convocados da seleção brasileira está o santista Fabrício da Silva Pinto, de 27 anos, que treina em Suzano (SP).

“Sempre amei esporte, o vôlei em especial. Quando conheci o esporte paralímpico, sabia o que queria seguir na minha carreira como atleta”.

Fabrício começou no vôlei paralímpico em 2010. Conheceu o esporte através dos jogos do SESI/SP no colégio. “Uma das árbitras percebeu a minha deficiência e me convidou para conhecer o esporte e desde então jogo pela equipe do SESI/SP”.

Apesar do carinho pelo vôlei, Fabrício carrega como grande inspiração nos esportes o lendário Kobe Bryant, eterno ídolo do basquete norte-americano. “Acredito muito na ética de trabalho dele e sempre fui muito fã dele como atleta em si”.

Desempenho na Rio 2016 foi o melhor da carreira olímpica: quarto lugar (Divulgação)

Fabrício é colecionador de títulos

E é com a mesma dedicação que Fabrício tem colecionado marcas expressivas desde o último ciclo olímpico. De 2016 para cá, ele ganhou o bronze no Campeonato Mundial, em 2018, na Holanda, foi campeão Parapanamericano em Lima (Peru), em 2019, além de ter levado três troféus de campeão brasileiro.

“Estive nas Paralimpíadas no Rio 2016, mas infelizmente não levamos a tão sonhada medalha. Então, hoje o sentimento é de que tem muito trabalho a ser feito e a comemoração só virá após a medalha em Tóquio. A nossa seleção tem grandes chances de medalha e estamos trabalhando duro para chegar lá”.

De acordo com o jogador da seleção brasileira, participar dos Jogos Paralímpicos é o sonho de todo atleta. “É o ponto máximo em que um atleta pode chegar em sua carreira e sinto que estou pronto para subir no pódio”.

“Para todos os outros atletas que almejam chegar lá, eu sempre digo que o trabalho duro em todas as áreas da sua vida faz a diferença para que possa chegar e alcançar todos os seus objetivos como atleta. Ganhar é o resultado de querer melhorar 1% em todas as áreas da nossa vida”.

Fabrício tem como apoiadora a academia LifeClub de Santos e a Bauerfeind.

Agenda em Tóquio

O time masculino debuta dia 28, às 6h30, contra a China. No dia 30, às 8h30, o adversário será o Irã, atual campeão mundial e paralímpico. No dia seguinte, às 2h, os brasileiros medem forças com a Alemanha. Aliás, caso se classifiquem, terão o duelo da semifinal no dia 2 de setembro, com final marcada para dia 4.

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