Ex-secretário não comparece a depoimento em comissão que analisa impeachment de Suman
Por Santa Portal em 05/11/2021 às 16:21
O ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e Portuário de Guarujá, Rogério Rudge Lima Netto, não esteve na Câmara nesta sexta-feira (5), onde deveria prestar depoimento à Comissão Processante que analisa o pedido de impeachment do prefeito Válter Suman.
Lima Netto foi apontado em relatório do Ministério Público Federal (MPF) como o operador financeiro que teria ajudado Suman a ocultar o suposto patrimônio ilícito.
O ex-secretário havia sido notificado na quinta (4) e, primeiramente, se comprometeu a comparecer para prestar esclarecimentos. No entanto, ele mudou de ideia na manhã desta sexta e avisou que não iria.
Ele deve ser notificado novamente para que compareça na próxima segunda (8), visando prestar seu depoimento. O ex-secretário de Educação, Marcelo Nicolau, que chegou a ser preso no mesmo dia que o prefeito, deverá ser ouvido no mesmo dia.
Notificado pela comissão, o prefeito Válter Suman deve prestar depoimento na Câmara na próxima quinta-feira (11).
A Comissão Processante do pedido de impeachment de Suman tem um prazo de 90 dias, que vence em 29 de dezembro, para concluir o relatório sobre o caso. Depois, o documento será apreciado e vai para a votação em plenário, onde será definido o afastamento ou não de Suman.
Comissão Processante
A Câmara Municipal de Guarujá aprovou por unanimidade a instauração de Comissão Processante na Sessão Ordinária realizada em 21 de setembro, após denúncia formulada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), por intermédio do presidente José Manoel Ferreira Gonçalves. A Comissão apura eventuais irregularidades relacionadas à Organização Pró-vida, à empresa AM da Silva Serviços Administrativos Ltda., à ACENI – Instituto de Atenção à Saúde e Educação e possível envolvimento do Prefeito Municipal.
O prefeito de Guarujá, Válter Suman, foi preso no dia 15 de setembro pela Polícia Federal, assim como o secretário de Educação Marcelo Nicolau, alvo das investigações da Operação Nácar-19.
Os dois foram apontados como membros de uma organização criminosa que desviava dinheiro público da Saúde de Guarujá. Em imóveis ligados aos investigados, a PF encontrou dinheiro e joias, inclusive no Gabinete Municipal.