09/11/2020

Evo Morales retorna nesta segunda-feira para Bolívia

Por ANSA em 09/11/2020 às 12:43

BOLÍVIA – O ex-presidente boliviano Evo Morales deve chegar nesta segunda-feira (9) ao seu país depois de passar quase um ano exilado, informa a mídia local. A chegada deve ser pela fronteira terrestre com a Argentina e será acompanhada por uma carreata com até 800 carros, segundo informam correligionários.

Neste domingo (8), Morales publicou um longo vídeo em suas redes sociais agradecendo os argentinos por seu quase um ano de asilo. O ex-mandatário lembrou que “vários grupos de poder executaram um violento golpe de estado” no fim do ano passado após sua eleição para um quarto mandato presidencial e que, “nessas circunstâncias e para evitar que esses grupos antidemocráticos atacassem a maioria do povo, eu me vi obrigado a renunciar”.

Agradecendo o apoio dos presidentes do México, Andrés Manuel López Obrador, e da Argentina, Alberto Fernández, porque “sem a ajuda deles”, Morales acredita que não teria saído com vida da Bolívia, o ex-presidente ainda afirmou que sempre terá a Argentina em seu coração por tê-lo protegido por cerca de um ano.

Morales deixou Buenos Aires na manhã deste domingo com destino a Jujuy. De lá, seguiu de carro até La Quiaca, que fica na fronteira entre os dois países. À noite, o ex-presidente e Fernández fizeram um jantar especial com membros das duas nações, em que o boliviano agradeceu pessoalmente a hospitalidade recebida.

Segundo assessores, Morales chegará à cidade boliviana de Villazon às 11h, onde será acolhido por militantes do Movimento para o Socialismo (MAS), e deverá fazer uma rota de dois dias com diversas pausas até Chimoré, no estado de Cochabamba, de onde partiu no dia 11 de novembro de 2019 para seu exílio – primeiro no México e depois na Argentina. No dia 12 de novembro, está previsto um encontro com as populações indígenas.

A volta do ex-presidente ocorre um dia após Luis Arce (MAS) ter tomado posse como novo chefe de Estado da Bolívia, após o país viver por cerca de um ano sob um governo interino liderado por Jeanine Añez com o apoio dos militares.

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