Estado: quatro casos de microcefalia por Zika são investigados na Baixada

SAÚDE – De acordo com dados oficiais da Secretaria de Estado da Saúde, a Baixada Santista tem quatro casos de microcefalia suspeitos de associação com o Zika Vírus. Os números fazem parte da atualização mais recente da pasta, divulgada na semana passada. O caso confirmado em Santos, pelo hospital Ana Costa, não foi ainda notificado à Secretaria.

Atualmente o órgão investiga 24 casos de microcefalia em todo Estado, sendo um em Cubatão e três em São Vicente. Eles se enquadram nos critérios para definição de casos suspeitos, pois as gestantes apresentaram manchas avermelhadas pelo corpo, tiveram exames negativos para rubéola, toxoplasmose, sífilis, herpes e citomegalovírus (algumas das doenças que podem causar microcefalia nos bebês).

A Secretaria diz ainda que não foi notificada dos três casos investigados pela Secretaria de Saúde de Santos, e nem pelos casos divulgados pelo Hospital Ana Costa que também estão sendo analisados. Segundo o órgão, os casos suspeitos devem ser notificados para a Secretaria pelos municípios.

Sobre os casos de Zika, o órgão não inclui nos dados divulgados o confirmado pelo Hospital Ana Costa de Santos, e alega que até o momento são 20 casos autóctones de Zika ocorridos desde 2015 (um em Americana, Bauru, Osasco, Piracicaba, São José do Rio Preto, dois em Campinas, Jardinópolis, Sumaré e nove em Ribeirão Preto).

O exame realizado pelo Hospital Ana Costa foi realizado pelo Instituto de Medicina Tropical da USP, portanto não faz parte dos dados oficiais, que são contabilizados apenas com confirmações do Instituto Adolfo Lutz.

Há ainda 18 casos importados, ou seja, nos quais o vírus foi contraído em outros estados. Há ainda 12 casos suspeitos que estão sendo investigados em outrosmunicípios do Estado, mas ainda não é possível afirmar se esses casos são autóctones ou importados.

Por meio da rede de laboratórios do Instituto Adolfo Lutz, a Secretaria de Estado da Saúde vem realizando testes de RT-PCR (Reação em Cadeia da Polimerase, com Transcriptase Reversa, em Tempo Real) em amostras que deram negativas para dengue, visando identificar o genoma do Zika vírus. Esses exames são aplicados, sobretudo, em regiões em que há notificação de casos de microcefalia.

Prefeitura de Cubatão nega caso sendo investigado
A Secretaria de Saúde de Cubatão enviou uma nota para esclarecer que não há nenhum caso confirmado de microcefalia ligada ao zika vírus no município. Segundo a administração municipal, dois casos de microcefalia foram registrados em Cubatão, entre o final de 2015 e 2016. Um deles a gestante era portadora de sífilis (uma das doenças que causa microcefalia) e outro o bebê era prematuro.

A nota diz ainda que estes não são os primeiros casos de microcefalia a serem investigados pelo município, e todos os outros deram negativo. O documento termina informando queem caso de confirmação de microcefalia ligada ao Zika, o secretário de Saúde do município onde foi coletado o exame é notificado.