Estado, Município e iniciativa privada discutem viabilidade do CING como base offshore em Guarujá

Por Santa Portal em 22/07/2021 às 21:25

Helder Lima/Prefeitura de Guarujá
Helder Lima/Prefeitura de Guarujá

O secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, esteve em reunião com o prefeito de Guarujá, Válter Suman, nesta quarta-feira (21), para analisar potencialidades e necessidades estruturais do complexo para apoio à indústria do petróleo e gás em Guarujá

O foco da prefeitura é na retomada econômica. O secretário foi recebido no Paço Municipal pelo prefeito, secretários municipais e empresários. Eles discutiram a viabilização do Complexo Industrial Naval de Guarujá (CING) como um centro de apoio offshore para atender as plataformas da Bacia de Santos.

Durante o encontro, que reuniu representantes da iniciativa privada, incluindo a Saipem – que dentro do consórcio com a DSME acaba de fechar contrato de 2,3 bilhões de dólares com a Petrobras para o fornecimento da plataforma P-79, que atua no pré-sal da Bacia de Santos – e secretários municipais, foi apresentado estudo preliminar que delimitou ações e estratégias públicas para atrair investimentos e o novo acesso viário ao CING, localizado em área estratégica do Município.

“Guarujá é a peça chave para o Estado. Possuímos áreas e retroáreas fora do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos, que representa agilidade na entrada e saída das embarcações para as plataformas que exploram o pré-sal na Bacia de Santos”, afirmou Suman.

A prefeitura se prepara para receber investidores do segmento de petróleo e gás no Estado. Isso porque houve o anúncio de investimentos bilionários da multinacional norueguesa de energia Equinor na Bacia de Santos. O foco é a geração de emprego e renda em Guarujá e Baixada Santista.

Já com este objetivo, em outubro de 2020, a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) e a Prefeitura assinaram um Protocolo de Intenções para impulsionar e transformar o CING em uma base offshore, servindo como um suporte às atividades desenvolvidas em alto mar.

“A iniciativa vem ao encontro do que o governador João Doria quer para o Estado de São Paulo, que é a geração de emprego e renda alinhada a um desenvolvimento sustentável”, declarou Penido, que demonstrou apoio e prometeu auxílio para encaminhar a proposta da Administração Municipal.

Acesso viário ao CING

Em um prazo de 90 dias, o Município deverá apresentar ao Estado um traçado para um acesso viário exclusivo à região do Complexo Industrial e Naval (CING). Para isso, a Prefeitura vem dialogando com a iniciativa privada a fim de viabilizar estudos de impacto ambiental.

A Prefeitura de Guarujá trabalha em parceria com a iniciativa privada para viabilizar áreas vocacionadas para a implantação dos novos investimentos. Uma área de 150 mil metros quadrados no CING vem passando por licenciamento ambiental e poderá servir como centro de apoio offshore.

“Melhorando o acesso viário para as referidas áreas, que é um ponto fraco do Município, conseguiremos trazer mais desenvolvimento e uma série de benefícios em níveis econômico e social. Com o apoio do Estado, poderemos sanar este obstáculo”, afirma o prefeito Válter Suman.

Base offshore

Segundo a prefeitura, a implantação de bases de apoio offshore em Guarujá atenderá a demanda do mercado, que será potencializado com o desenvolvimento da fase 1 do campo Bacalhau, na Bacia de Santos do pré-sal. O investimento anunciado pela operadora Equinor é de 8 bilhões de dólares, em parceria com a ExxonMobil, Petrogal Brasil e Pré-sal Petróleo SA.

As bases offshore são como centros logísticos que fazem a conexão com as plataformas de petróleo para garantir a disponibilidade de equipamentos e recursos necessários para as unidades marítimas. Atendem tanto produtos consumíveis (alimentos, remédios, material de escritório) como equipamentos.

O Estado de São Paulo é o segundo maior produtor de petróleo e gás do Brasil e espera-se que o desenvolvimento da atividade offshore em Guarujá contribua para o aumento da eficiência logística, gerando empregos diretos e indiretos na região, além da instalação de novos fornecedores locais.

O Município acredita apresentar as melhores condições para atração de novos investimentos e afirma que já possui grandes fornecedores de serviços especializados e de alta tecnologia para o setor.

A implantação das bases offshores depende de licenças ambientais, recursos para viabilização dos investimentos privados, obras nos acessos e a prospecção de parceiros no mercado de óleo e gás.

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