Estado afirma que licitação de rodoferrovia que liga SP à Baixada Santista sai neste ano

Por Vanessa Ortiz em 25/02/2022 às 10:07

Helder Lima/Divulgação Prefeitura de Guarujá
Helder Lima/Divulgação Prefeitura de Guarujá

A licitação para contratar a empresa responsável pela construção da rodoferrovia, que ligará São Paulo à Baixada Santista, deve sair no segundo semestre de 2022, conforme informou ao Santa Portal o assessor especial da Secretaria Estadual de Logística e Transportes (SLT), Luiz Alberto Fioravante. A obras possibilitará mais acesso ao Porto de Santos, impactando diretamente no fretamento de cargas.

Chamado de Linha Verde, o projeto prevê a construção de rodovia e ferrovia, que ligará a capital paulista ao Porto de Santos -cujos contêineres hoje são recebidos quase exclusivamente pela Anchieta. Ela terá no mínimo 38,2 km e no máximo 44 km. A conexão será feita no trecho leste do Rodoanel Mario Covas, até a margem esquerda do porto, ainda sem rodovia definida.

“Hoje, toda a mercadoria que chega ao Porto de Santos vai pela Rodovia Anchieta, que é de 1937, e ela não comporta um caminhão de nove eixos descendo, que é o que a maioria faz hoje. Então, nós estamos fora da realidade. Com isso, nós vamos adequar o estado com equipamento que contemple a necessidade atual”, afirma. Para ele, a construção dessa nova ferrovia e rodovia trarão um corredor de exportação para a região.

O objetivo da obra é desafogar o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), construindo oito pistas e duas linhas ferroviárias. Viadutos, túneis e pontes estão entre as estruturas previstas no projeto, o que possibilitará o tráfego e 45 mil veículos e o transporte de 68 mil toneladas por ano.

Análises

Conforme explica Fioravante, duas empresas apresentaram propostas e um delas foi escolhida. Nesse momento, estudos são feitos definir a melhor maneira de colocar a ideia em prática, garantindo a melhor performance e também os impactos ecológicos.

“O projeto é muito bom, consistente. Devemos marcar as consultas públicas para esse ano ainda. Se tudo correr bem, no segundo semestre abrimos a licitação. Vai depender da finalização do projeto”, explica o assessor.

“Ele é chamado de Linha Verde porque é um projeto totalmente ecológico, sem agressão à natureza. Os trens serão totalmente elétricos, além disso, a estrada também vai ter energia para caminhões elétricos. Ela é ecológica, integrada, monitorada, tanto a ferrovia quanto a rodovia” afirma.

A ideia é que as obras sejam realizadas pela iniciativa privada, que também deverá ficar com a concessão. Para a contratação, um certame deve ser lançado até o final do ano, no entanto, para que isso ocorra, algumas análises ainda estão sendo realizada.

“O tempo de concessão vai ser determinado na finalização do projeto, mas, pela envergadura do projeto, pelos custos dele, deve ficar em torno de 30 anos”, finaliza.

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