Especialista explica sobre efeitos da vacina contra covid-19 em grávidas com comorbidades
Por #Santaportal em 13/05/2021 às 21:37
VACINAÇÃO – Na última segunda-feira (10), a Anvisa recomendou a suspensão do uso da vacina AstraZeneca para gestantes. A nota técnica emitida, orienta para que a indicação da bula da vacina seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). O uso só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente.
De acordo com o especialista, Leonardo Weissmann, médico e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a vacinação de gestantes com comorbidades foi suspensa temporariamente como uma medida de precaução, já que ainda não há dados suficientes de segurança sobre o uso da vacina em gestantes.
Ele também explica sobre efeitos colaterais mais fortes queixados por quem já se vacinou. A vacina produzida pela AstraZeneca parece causar mais reações adversas, provavelmente por conta da tecnologia usada para a sua produção, comenta.
A CoronaVac é feita com vírus inativado, enquanto a vacina produzida pela AstraZeneca usa um vírus de chimpanzé, que não está se multiplicando, para levar a proteína do coronavírus, manipulada geneticamente, e criar uma resposta protetora do organismo, completa Weissmann.
Porém, afirma que o efeito protetor das vacinas supera os efeitos adversos. Não há motivos para deixar de tomar a vacina e se proteger.
Na tarde de ontem (12), o governador João Doria anunciou que retomará a vacinação de grávidas e puérperas com comorbidades, no Estado de São Paulo, com doses das vacinas do Butantan e da Pfizer. O grupo tem 100 mil pessoas.