Espanha registra novos episódios de racismo em partidas de futebol
Por Folha Press em 31/03/2024 às 07:43
Mais dois casos de racismo em partidas de futebol foram registrados na Espanha neste sábado (30).
A disputa entre Sestao River e Rayo Majadahonda, pela terceira divisão do campeonato nacional, foi suspensa nos minutos finais do segundo tempo. O senegalês Cheikh Sarr, 23, goleiro do Rayo Majadahonda, foi expulso por ter atacado torcedores que, de acordo com o clube, proferiram gritos racistas contra o atleta.
A equipe decidiu deixar o campo, e o Rayo Majadahonda reprovou o episódio: “Nossa equipe não retomará a partida após receber insultos racistas inaceitáveis ao nosso jogador. Condenamos qualquer tipo de insultos racistas no esporte”.
? Expulsado el portero del @RMajadahonda, Sarr, agarrar de la bufanda a un aficionado del @SestaoRC
— GRADA B pro (@GradaBpro) March 30, 2024
El partido está suspendido. pic.twitter.com/i0vLlQioQC
Marcos Acuña, 32, lateral do Sevilla, também foi alvo de ataques da torcida adversária. O argentino foi chamado de “macaco” por um grupo de torcedores do Getafe durante o segundo tempo de partida do Campeonato Espanhol disputada no estádio Alfonso Pérez, em Madri.
Depois de notar o insulto racista, o árbitro acionou o protocolo do torneio para casos desse tipo. O jogo foi paralisado, e um alerta foi emitido no sistema de som do estádio. O Sevilla e a organização do campeonato condenaram o episódio em postagens nas redes sociais.
“Não há lugar no esporte para atos racistas ou de ódio. LaLiga condena veementemente qualquer gesto de racismo e continuará a trabalhar para erradicar esse comportamento intolerável do nosso esporte”, publicou LaLiga, organizadora da competição.
O técnico do Sevilla, Quique Sánchez Flores, também afirmou ter sofrido insultos durante a partida. Segundo o treinador, membros da torcida adversária o chamaram pejorativamente de “cigano”.
“Tenho orgulho absoluto, por todos os poros de minhas veias, de poder respirar cigano, mas uma coisa é ser cigano ou parte cigano, e outra é isso ser usado como insulto racista. Acho isso abominável”, disse.