06/09/2019

Em reunião, Bolsonaro pede união de países amazônicos

Por ANSA em 06/09/2019 às 18:40

AMAZÔNIA – O presidente Jair Bolsonaro pediu união aos chefes de Estados de países sul-americanos com territórios cobertos pela floresta Amazônica, que se reuniram hoje em Leticia, na Colômbia.

Após cancelar sua presença em decorrência da nova cirurgia, marcada para o próximo domingo, Bolsonaro participou do encontro por meio de uma videoconferência a partir do Palácio do Planalto. “A Amazônia é nossa! É do Brasil, da Bolívia, da Colômbia, da Venezuela, das Guianas, de todos nós. Sé desta forma, com a nossa união, sem ceder a qualquer tentação externa de deixar sob administração de terceiros a nossa área, poderemos fazer com que nossas riquezas revertam em benefícios e bem-estar para os nossos países”, afirmou.

O brasileiro ainda ressaltou que o pacto firmado na cúpula precisa deixar claro que a soberania dos países é “inegociável”. “Nós temos que, entre nós aqui, nesse Pacto de Leticia tomarmos uma posição firme de defesa da nossa soberania e firme, também, para que cada país possa, dentro da sua terra, desenvolver a melhor política para a região amazônica. E não deixar que essa política seja tratada por outros países”, acrescentou.

Em seu discurso de cerca de 10 minutos, Bolsonaro voltou a criticar a “indústria das demarcações de terras indígenas”, o que, de acordo com ele, foi estimulado pelos governos anteriores de esquerda. Por fim, o chefe de Estado comentou as trocas de farpas com o presidente da França, Emmanuel Macron. Bolsonaro disse que as críticas demonstraram que existe uma tentativa para transformar a floresta em “patrimônio mundial” e isso acabou despertando o “patriotismo” dos brasileiros.

A mensagem do mandatário brasileiro foi destinada a sete dos oito países cobertos pela Amazônia que se reuniram para debater medidas e ações para combater as queimadas e preservar a floresta. O governo venezuelano foi o único que não participou, já que Nicolás Maduro não é reconhecido por quase todos os países. Estiveram presentes representantes da Guiana, do Suriname, e os presidentes de quatro países: o colombiano Iván Duque; o peruano Martín Vizcarra; o equatoriano Lenín Moreno; e o boliviano Evo Morales.

Durante todas as declarações, os líderes reforçaram a necessidade de manter um trabalho em conjunto para a preservação da Amazônia. Na ocasião, porém, Morales criticou a ausência de Maduro e afirmou que diferenças ideológicas não podem interferir no esforço de cooperação a favor do meio ambiente. Críticas contra Bolívia – Logo após a reunião, Bolsonaro criticou Morales e afirmou que o maior índice de focos de incêndios florestais são registrados na Bolívia.

“Agora há pouco, na conferência de Leticia vi que tinha um ali (presidente) que não estava muito a favor das propostas dos demais. Parece que não estava integrado a nós”, afirmou o brasileiro, fazendo uma referência a Morales, embora sem citar nome.

Segundo Bolsonaro, “ele disse que o capitalismo está destruindo a Amazônia. Como se no país dele não tivesse ocorrido as maiores queimadas”.

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