Eleições do Santos: Conheça as propostas de Andrés Rueda, da chapa 4

Por Rodrigo Martins e *Fernanda Paes em 11/12/2020 às 15:27

ELEIÇÕES SFC – O #Santaportal  mantém a tradição democrática do Sistema Santa Cecília de Comunicação e traz entrevistas exclusivas com os candidatos à presidência do Santos Futebol Clube. Andrés Rueda é o representante da chapa 4 (União pelo Santos) e, nesta entrevista, você poderá ver o que pensa e quais os projetos do candidato para o futuro do Peixe. A eleição está marcada para o próximo sábado (12).

Confira a entrevista na íntegra:
#Santaportal: O Santos vive um caos administrativo e financeiro. Quais as suas propostas para arrumar a casa e resolver os problemas administrativos do clube?

Andrés Rueda: Temos uma série de propostas. O que tem de ser feito com a dívida é: não gastar mais do que arrecada. Se você não fizer isso, é o caminho sem volta para você falir em qualquer empresa, até em pessoa física. É como a pessoa usar o cartão, o cheque especial, depois fazer um financiamento. Chega uma hora que o mercado financeiro fala: não te empresto mais. O que acontece: o oficial de Justiça bate na porta. E no caso do futebol, esse órgão é a Fifa! Temos dívidas a curto prazo. A primeira ação é sentar com os credores e dizer que não temos condições de pagar. Vamos renegociar prazos e juros, fazer o que fizemos com o Hamburgo, na negociação do Cléber Reis. Por isso, temos que equacionar a dívida. Fazendo isso, tudo entra no jeito.

Além de resolver a situação administrativa, o torcedor também espera um time forte dentro de campo. Quais os seus planos para o futebol do clube? Como equilibrar finanças e um time forte?

AR: As despesas não podem ser maiores do que a receita. Esse é o primeiro ponto. Time forte não é necessariamente aquele que você tem uma receita muito grande para gastar. Temos que adequar a receita com a realidade do Clube. O Santos tem a obrigação de entrar em todos os campeonatos que disputa para ser campeão. Essa é a nossa meta esportiva. Mas temos também que cumprir o orçamento, essa é a obrigação de qualquer entidade. Tenho certeza de que a nossa gestão vai cumprir os orçamentos anuais e colocará o Santos brigando por todos os títulos.

Qual a sua proposta para o departamento de base do Santos?

AR: Pela situação que o Clube se encontra, nos primeiros anos a base será fundamental, sendo a principal geradora de receita para que o Santos possa sair do atual sufoco financeiro que se encontra. Porém, entendo que precisamos ter uma infraestrutura para poder atener os nossos atletas. Para mim, é vergonhoso que com tanta receita que foi gerada pela base, o Santos não tenha um espaço de primeiro mundo para poder desenvolver essa garotada. Temos que dar suporte para os meninos, pois na base existem muitos garotos que estão longe da família. Além disso, perdemos olheiros que tínhamos pelo Brasil inteiro. Temos que corrigir isso. Precisamos ter bem claro como o jogador é captado, como é feita a peneira, como a base tem que ser treinada e qual deve ser a carga de treino físico adequado para cada categoria. Entendo que precisamos reestruturar com processos e moralizar o departamento de base.

Como a sua gestão irá trabalhar a questão do futebol feminino do clube? Qual o projeto para as Sereias da Vila?

AR: Esse é um departamento fundamental. Queremos reestruturar todo o departamento de futebol feminino. Além disso, queremos dar uma estrutura melhor de treinamento para as meninas.

Sobre a estrutura do clube, o senhor é a favor do projeto da nova Vila Belmiro? Qual a sua ideia a respeito desse projeto?

AR: Minha opinião é favorável sobre a nova arena. Vejo como um projeto bem factível, interessante. Está bem aderente ao que a gente imagina para o Santos. O projeto é fantástico e muda o patamar do clube quanto ao conforto de sua torcida. A empresa que está por trás (W Torre) tem muita experiência nesse tipo de projeto. O que foi apresentado até agora nos agrada e é o que a gente gostaria de ter um dia. A única coisa que me preocupa é a parte comercial do negócio em si. Precisamos saber se seríamos obrigados a jogar apenas na arena? Temos torcida em Santos e em São Paulo. Precisamos saber se teremos essa liberdade de escolha. Além disso, eles gostariam de cobrar de R$ 10 a R$ 15 por torcedor que vá ao estádio. Dessa forma, já partimos com um ingresso mínimo de R$ 20, com R$ 15 para eles. Sem contar os outros gastos. Mas não é nada impeditivo. Vejo que é apenas uma questão de sentar na mesa e conversar a respeito.

Dê um recado ao associado antes da eleição e diga o que ele pode esperar da sua gestão?

AR: Tenho experiência de vida e tudo o que eu construí na minha vida profissional me levam a crer que tenho uma capacidade de gestão muito interessante. No entanto, como eu sempre digo, um presidente não pode gerir o clube sozinho. O Santos precisa de executivos capazes e experientes para sair dessa crise. O papel do gestor é justamente colocar as pessoas certas nos lugares certos. Estamos convidando para o Comitê de Gestão pessoas com grande experiência e capacidade de gestão, que se destacaram em suas áreas. Creio que é disso que o clube precisa: gente com capacidade para executar aquilo que é necessário para o Santos. Por isso, o associado pode esperar seriedade e trabalho.

* Fernanda Paes colaborou sob a supervisão de Rodrigo Martins

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