Doria chama de 'golpe' possível acordo do PSDB com MDB para lançar Tebet

Por Santa Portal e Folha Press em 14/05/2022 às 22:02

Divulgação/Governo de SP
Divulgação/Governo de SP

Pré-candidato do PSDB à Presidência da República, João Doria, enviou uma carta neste sábado (14) ao presidente da sigla, Bruno Araújo, criticando a contratação de uma pesquisa para definir a candidatura única da terceira via nas eleições presidenciais deste ano.

“Apesar de termos vencido legitimamente as prévias, as tentativas de golpe continuaram acontecendo”, afirmou Doria, em trecho do documento enviado a Araújo. A carta também foi assinada pelo advogado do ex-governador de São Paulo, Arthur Rollo.


PSDB, Cidadania e MDB acertaram que, no dia 18 de maio, apresentarão o resultado de pesquisas quantitativas e qualitativas que foram definidas nesta semana como critério para a escolha entre Doria e Simone Tebet.

Como ambos patinam na intenção de votos e Doria acumula alta rejeição, a aposta é a de que as pesquisas indicarão que a emedebista é o nome mais viável para a candidatura ao Palácio do Planalto.

Setores do PSDB insatisfeitos com Doria enxergam nesse acordo da terceira via uma saída contra o ex-governador paulista. Por isso, uma ala dos tucanos atua justamente para que o trato não seja desfeito.

Nesta semana, os líderes do PSDB no Senado, Izalci Lucas (DF), e na Câmara, Adolfo Viana (BA), divulgaram uma nota na qual endossam a decisão do presidente do PSDB, Bruno Araújo, de “avançar nas conversas com o MDB e o Cidadania buscando uma candidatura única” sob o argumento de a dispersão da terceira via significa “perder força no cenário nacional”.

O MDB também espera que a escolhida seja Tebet. O presidente da sigla, Baleia Rossi, tem dito que a emedebista é pouco conhecida, mas que tem potencial de crescimento por ter baixa rejeição e ser mulher.

Ainda que a pesquisa encomendada pelos dirigentes partidários esteja concluída no próximo dia 18, o resultado da negociação entre os partidos pode atrasar, de acordo com tucanos.

Para Doria, os critérios estabelecidos, como má colocação nas pesquisas e altos índices de rejeição, são discutíveis e não devem servir de parâmetro neste momento.

“As desculpas para isso são as mais estapafúrdias, como, por exemplo, a de que estaríamos mal colocados nas pesquisas de opinião pública e com altos índices de rejeição, cinco meses antes do pleito. Pesquisas de opinião refletem o momento e não podem servir de guia único para o voto do eleitor, muito menos podem servir para guiar os destinos do partido na eleição”, concluiu o ex-governador.

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