21/06/2024

Dona Celeste estava em cuidados paliativos e morreu sem sofrimento, diz diretor de hospital

Por Rodrigo Martins em 21/06/2024 às 21:00

Reprodução/Instagram Santos FC
Reprodução/Instagram Santos FC

A mãe do Rei Pelé, Celeste Arantes do Nascimento, a Dona Celeste, estava em cuidados paliativos em seus últimos dias de vida até morrer no início da tarde desta sexta-feira (21), em Santos. A informação foi confirmada pelo diretor do Hospital SerPiero, Marcelo Noronha.

”Fomos procurados pela família para trazer a Dona Celeste para os nossos cuidados. Ela estava acamada há quase quatro anos, veio para cá no dia 15. Foram acolhidas ela e a família, para que ela pudesse ter tratamento e cuidados dignos, que envolvem os cuidados paliativos. Temos uma equipe voltada para isso. Ela descansou hoje, com muita tranquilidade, sem sofrimento e com muita calma, para ela e para a família”, disse Noronha, em entrevista coletiva nesta sexta no hospital.

Indagado sobre a causa da morte da matriarca da família do Rei do Futebol, o médico destaca que o falecimento de Dona Celeste ocorreu por complicações impostas pela sua idade avançada.

”Vou dar o exemplo da Rainha Elizabeth II (do Reino Unido), que faleceu em casa recebendo cuidados paliativos e o atestado de óbito divulgado constava que a morte ocorreu por causa da idade avançada. A Dona Celeste, que não deixa de ser uma rainha, tinha 101 anos e faleceu mesmo pela finitude da vida. Ela não tinha nenhuma doença aguda”, afirmou.

Noronha ressaltou ainda que Dona Celeste não estava ligada a aparelhos, atendendo a um desejo da família para que ela não sofresse nos últimos instantes de vida.

”Ela era uma paciente acamada, que estava se alimentando por sonda e já não respondia, não se comunicava mais. A família acompanhou todo o processo. Durante esse período, falamos diariamente (com a família), principalmente com a Maria Lúcia, irmã do Pelé, e a filha dela, neta da Dona Celeste, a Danielle. Ela não estava ligada a nenhum aparelho. Até porque, os cuidados paliativos pressupõem não impor nenhum tipo de sofrimento ao paciente. Ela estava respirando espontaneamente”, concluiu.

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