Dia do Radialista: profissionais falam do amor pela profissão
Por Anna Clara Morais em 07/11/2024 às 20:00
No carro, indo para o trabalho, voltando para casa, sem bateria no celular ou sem internet. Essas são algumas das situações em que as pessoas costumam sintonizar o sinal na rádio preferida e escutar notícias, músicas, partidas esportivas ou comentários. Os responsáveis por passar essas informações na rádio recebem o nome de radialista e o dia deles é comemorado nesta quinta-feira (7).
A data, escolhida em 2006 para homenagear o radialista Ary Barroso, é utilizada para enaltecer toda essa classe de comunicadores.
Sendo um dos meios de comunicação mais antigos, o profissional que trabalha com rádio possui muitas funções, como: locução, apresentação, produção de conteúdo e até edição.
Quem desempenha a função de radialista possui apreço pela comunicação e grande criatividade, seja transmitindo notícias, tocando as músicas preferidas do público ou entretendo com histórias e entrevistas. Como é o caso da Silvana Ribeiro, radialista há 30 anos.
“Eu sempre gostei muito de rádio…quando eu era criança dormia com um radinho debaixo do travesseiro. Ouvia as locuções e ficava fazendo, além da minha paixão pela música”, contou Silvana.
Com uma carreira extensa e muita experiência, Silvana trabalhou em rádios em São José dos Campos, São Paulo e atualmente é uma das vozes que toma conta das ondas sonoras da rádio Santa Cecília FM 107,7 todas as tardes.
“Quem ama ouvir rádio, quem ama essa interação sempre vai ter aquele momento que vai querer receber um carinho do locutor. O rádio é como um companheiro do dia a dia”, destacou Silvana.
O afeto que a população brasileira tem pela rádio é refletido em pesquisas sobre o consumo do meio. De acordo com dados da “Inside Áudio 2023”, Kantar IBOPE Media, 80% da população é ouvinte de alguma rádio, sendo que cada uma passa, em média, 3h55min sintonizado em alguma estação.
Retratando o amor pela rádio, novas gerações possuem o sonho de tornar o carinho em profissão. Karina Faleiros é aluna de jornalismo e já trabalha na área. O apreço pela área foi passado de geração para geração e hoje, é o sonho da estudante.
“A rádio dá o poder da imaginação ao público. Pode passar o tempo que for, a magia da rádio nunca vai morrer”, concluiu Karina.
Entrar no carro ou na casa das pessoas é um papel que exige responsabilidade, mas deixa marcas em muito ouvintes.
“Por vezes o rádio te acompanha na volta do trabalho, na hora de buscar o filho na escola, quando acorda de manhã. Muitas pessoas têm na memória a voz de alguém ou alguma mensagem que esse radialista sempre passa, como um amigo ou um familiar”, observou Karina.