01/03/2021

Depressão e ansiedade nos donos podem interferir nos animais

Por Milena Estela/ #SantaPortal em 01/03/2021 às 10:22

COMPORTAMENTO – Os sintomas de ansiedade aumentaram quase três vezes em comparação com o segundo trimestre de 2019 e os diagnósticos de depressão quadruplicaram, com 40% nos adultos, que lutaram contra a saúde mental ou abuso de substâncias entre abril e junho de 2020. Os números fazem parte de um estudo recente do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos). 

No entanto, esse problema não é exclusivo dos humanos. A falta de atenção e cuidado também reside em problemas de saúde nos animais. Pessoas que sofrem de depressão ou ansiedade podem interferir no comportamento dos bichinhos. Nesse caso, o tratamento é ideal para os dois.

Segundo o veterinário Alexandre Carrari, o comportamento dos tutores reflete nos animais. “Às vezes, quando as pessoas ficam deprimidas, o corpo começa a produzir algumas enzimas que afetará nos pets”.

O proprietário e o animal podem ter personalidades parecidas ou diferentes. Tanto os cães como os gatos, podem adquirir ansiedade por conta das emoções do tutor, como estresse, angústias, raivas, entre outros sentimentos. Aliás, no ambiente em que vive, também podem sofrer com barulhos e discussões constantes.

De acordo com Carrari, por conta da pandemia, os comportamentos e hábitos das pessoas mudaram bastante. Muitos começaram a trabalhar dentro de casa, e os gatos, especificamente, podem ter sido beneficiados por passarem mais tempo com o dono, além de ter um ambiente calmo para viver.

“Cuido de um gato que tem 17 anos, só fez dois ultrassons, nunca precisou tomar remédios e convive muito bem. Em relação aos cachorros, os donos precisam ficar atentos se estão dando a atenção adequada, tomar cuidado com os comportamentos emocionais e manter sempre uma rotina com passeios”.

Melissa é uma cadela da raça Shih-tzu, de 10 anos, que sofre depressão. “Ela não queria mais comer, ficava o dia todo deitada e tinha medo de carinho. Levei até o veterinário e diagnosticou com depressão. Ela não toma mais o remédio diariamente e há cinco anos que ela sofre com essa doença. Hoje, ela está um pouco melhor, mas às vezes tem recaídas e precisamos pingar o remédio na boca dela”, contou a dona, Nataly Albonete, em entrevista ao #Santaportal .

Os sintomas para perceber que o animal está com ansiedade são euforia, respiração ofegante, muita agitação e compulsão por comida. E depois da fase da ansiedade, se desenvolve a depressão. O animal começa a ficar apático, ter problemas no fígado, rim e obesidade.

O ideal é estimular os animais com exercícios. O gato pode ser estimulado com laser para o acompanhar, ficar mais ágil e caçador. Já o cão, é essencial fazer atividades com brincadeiras de buscar o brinquedo e fazer caminhadas todos os dias.

Há veterinários especialistas que lidam só com o comportamento animal para o tratamento da doença. Segundo Carrari, existe estimulantes indicado para cães e gatos que os deixam mais tranquilizados em relação a depressão.

O veterinário ressalta também que é importante levar os animais aos adestradores, pois eles trabalham a linha de raciocínio dos bichos, corrige comportamentos e deixa-os mais ativos. “O veterinário em si, cuida somente da área da saúde. Então, é importante esses profissionais trabalharem juntos para a correção da doença do animal”.

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