Depois de quase um mês, termina greve da Codesavi em São Vicente

Por #Santaportal em 26/07/2016 às 12:58

SÃO VICENTE – A greve dos 1.080 empregados da Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi) termina depois de quase 30 dias. Em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracomos), diante do Paço Municipal, na manhã de hoje (26), a categoria aceitou a proposta da empresa para encerramento da greve. Seria o 28º dia de paralisação.

A companhia de economia mista controlada em 99,9% pela prefeitura propôs o pagamento dos salários de junho ainda hoje (26), em caso de retorno ao trabalho. Diante disso, o pessoal foi para seus postos de serviço, mas só reiniciará as atividades após constatar que os pagamentos foram efetivamente depositados.

A proposta prevê o pagamento dos salários de julho até 20 de agosto. E a quitação dos benefícios sociais até o dia 15 de cada mês. Ela mantém o convênio médico e o pagamento dos dias parados.

Alimentação
Um dos pontos polêmicos da proposta, que gerou debates mais intensos na assembleia, diz respeito ao vale-alimentação, apesar da empresa garantir o pagamento integral de junho. O problema, que os trabalhadores aceitaram para não estender a paralisação e agravar suas dificuldades financeiras, é a redução do vale em 50% durante 180 dias, a contar de julho.

Apesar da companhia garantir a reposição do percentual ao término desse período, essa parte da proposta gerou dúvidas e expectativas dos trabalhadores e da direção sindical. O presidente do Sintracomos, Macaé Marcos Braz de Oliveira, entende que, conforme a redação da proposta, os valores subtraídos em seis meses serão repostos a partir de janeiro.

O sindicalista diz ter entendido, na longa negociação com a empresa e a prefeitura, na tarde de segunda-feira (25), que, a partir de janeiro, os trabalhadores receberão, por seis meses, um vale e meio. “Agora, o pessoal receberá meio vale. Mas a diferença de 50% será reposta no primeiro semestre de 2017. Aceitamos porque a situação está realmente difícil para o trabalhador”, diz Macaé.

A empresa garantiu ainda a manutenção dos postos de trabalho, sem demissões, exceto nas funções não concursadas ou por justa causa, nos moldes do artigo 482 da clt (consolidação das leis do trabalho). Na garantia de emprego, diz o sindicalista, “está um dos grandes pontos positivos da greve. Antes, eles falavam em fechar a empresa. Depois, em demitir 50% do pessoal. Mas conquistamos a estabilidade”. A proposta tem vigência de 180 dias. Sobre a campanha salarial da data-base de maio, a empresa sugeriu o aguardo do julgamento do dissídio coletivo pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP).

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