Defesa Civil de São Paulo descarta furacão na Baixada Santista; entenda
Por Santa Portal em 04/11/2023 às 12:36
Após a Praticagem de Santos registrar rajada de vento de 151km/h na tarde de sexta-feira (3), no Porto de Santos, levantou-se a possibilidade de furacão nível 1 no município. No entanto, a Defesa Civil do Estado descartou essa possibilidade por não encontrar outros fatores no fenômeno climático.
De acordo com o meteorologista da Defesa Civil, Willian Minhoto, outros fatores influenciam para que esse fenômeno seja considerado um furacão.
“Apesar dos ventos terem ficado na casa dos 151km/h no Porto de Santos, não podemos classificar o evento como um furacão, uma vez que este fenômeno precisaria de outras características para essa configuração e não somente os ventos fortes”.
Minhoto argumenta que para um evento ser classificado como um furacão, precisaríamos de “altos índices pluviométricos, fortes rajadas de vento e um sistema meteorológico formado em alto mar e com um grande diâmetro”.
Por fim, Minhoto explica que o fenômeno que atingiu o Estado de São Paulo foi influenciado por um sistema meteorológico no Sul do Brasil. “Originou uma frente fria, que somada ao calor e a umidade que já se encontrava por aqui, intensificou ainda mais o sistema e provocou a severidade deste evento. No município de São Paulo, as rajadas de vento ficaram na casa dos 110km/h”.
Por que levantou-se a possibilidade de furacão?
De acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, a classificação de tempestade tropical ou furacão varia conforme registros do fenômeno climático.
Há três dias, a Defesa Civil de São Paulo alertou para a possibilidade de ventos de até 75km/h entre 15h de sexta-feira (3) e 21h de sábado (4), em todo o litoral paulista. O índice ficou muito acima do esperado.
Para o NHC, vento de 63km/h até 118km/h, que é quando um fenômeno climático começa a ser monitorado, se caracteriza como “tempestade tropical”.
O “nível 1” de furacão é descrito por ventos de 119km/h até 153km/h. Ainda segundo o NHC, tal condição pode causar dano a telhados, árvores, rede elétrica e possíveis inundações em zonas costeiras. Tudo registrado na Baixada Santista nas últimas 24 horas.
Depois, o furacão pode atingir mais quatro níveis. Nível 2 (ventos de 154 km/h a 177 km/h), Nível 3 (ventos de 178 km/ a 208 km/h), Nível 4 (ventos de 209 km/h a 251 km/h) e Nível 5 (ventos de 252 km/h ou mais).
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