De olho em Tóquio, Ana Marcela Cunha entra para o Hall da Fama

NATAÇÃO – Ana Marcela Cunha, nadadora da Universidade Santa Cecília (Unisanta), recebeu hoje o certificado e o troféu do International Marathon Swimming Hall of Fmme (Hall da Fama das Maratonas Aquáticas).

A entrega foi feita por Igor de Souza, um dos maiores nadadores do Brasil nas águas abertas e que também faz parte do Hall da Fama. Apenas atletas que receberam essa honraria podem realizar a apresentação de novos integrantes.

A cerimônia de indução da Classe 2019 (que homenageou os destaques mundiais da modalidade) aconteceu em 8 de março deste ano, em Melbourne, na Austrália, mas Ana Marcela não pôde estar presente em virtude dos treinamentos.

Não bastasse tudo isso, Ana Marcela Cunha já está garantida na Olimpíada de Tóquio e ainda conquistou o ouro na mesma distância nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru – esta última um feito inédito em uma carreira tão vencedora. Chegar ao pódio nos Jogos Olímpicos, no entanto, também está na lista dos itens que ainda não constam em sua carreira.

“Chego, sim, em uma das minhas melhores fases. Mas gosto de pensar passo a passo. Semana que vem viajo para a próxima etapa da Copa do Mundo (Macedônia). Estamos crescendo a cada prova. Espero chegar no dia 5 de agosto do ano que vem (Olimpíada) no meu 100%. Com certeza vivo um dos melhores momentos, mas quero chegar lá muito melhor”, afirma. “Estou na terceira colocação do ranking e tenho três provas para recuperar o máximo possível e tentar ser campeã da Copa do Mundo. No ano que vem, não vamos competir tanto. Teremos umas duas ou três antes da Olimpíada. Com todo respeito às outras adversárias (em Tóquio), as 25 que estarão lá pensam em vencer, mas eu vou querer um pouco mais”, emenda.

Além disso, Ana Marcela Cunha e Leonardo de Deus estão entre os 19 melhores atletas dos Jogos Pan-Americanos, o que reforça ainda mais essa excelente fase. “Estamos muito felizes por termos sido encolhidos pela organização. Nada é a toa. Cada medalha tem uma história. Poder fazer parte dessa história e ser escolhida uma das melhores do Pan não tem preço”, afirma Ana Marcela.

Por sinal, Leonardo de Deus é outro que está feliz ao extremo. O ouro nos 200 metros borboleta valeu o tricampeonato na especialidade no Pan. Ele foi convocado em lugar de Gabriel Santos, suspenso por um ano pela Federação Internacional de Natação em razão de doping. Antes, já havia tentado judicialmente o chamado.

“Estou muito feliz. Me pego em casa rindo sozinho. Foi mais difícil conquistar essa medalha fora da piscina do que dentro dela. Estou com sentimento de dever cumprido. Tive dois dias para sair do mundial para o Pan. Fuso de 12 horas em cima da gente. Estou com sentimento de dever cumprido e alma lavada. Não seria justo comigo estar de fora desses jogos pan-americanos. Estou grato a todos que estiveram comigo no momento em que eu estava desacreditado. Era um sonho ser tricampeão pan-americano. Isso é um resultado que eu esperava e sonhava em fazer”, comenta.

As medalhas ajudaram a compor o melhor desempenho da natação brasileira em Jogos Pan-Americanos: 30. 

Treinamentos
O veterano Nicholas Santos, de 39 anos, ainda corre atrás de uma vaga em Tóquio. Ele comemorou o bronze nos 50 metros borboleta no Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju, na Coreia do Sul, mas como a prova não consta no programa olímpico a tentativa será nos 50 metros livre. Para isso, Nicholas é obrigado a, de certa forma, fugir da rotina.

“Meu próximo objetivo é nadar os 50m livre e conseguir os índices para Tóquio no ano que vem. Comecei esse planejamento, Voltei a treinar o crawl e meu objetivo é classificar para os 50m livre Tóquio no ano que vem”, detalha.

Por outro lado, Gabi Roncatto, bronze nos 4 x 200 metros livre, confessou não ter ficado satisfeita com seus resultados. “Feliz, sim, pela medalha de bronze e por representar meu país, porém vou me dedicar mais e treinar mais para representar da melhor forma nas próximas competições”, promete.

Ted Sartori/#Santaportal