Criança é abandonada por motorista de picape em rodovia no litoral de SP

Por Santa Portal em 01/02/2022 às 15:30

Foto: Reprodução/Google Maps
Foto: Reprodução/Google Maps

Uma menina supostamente de 6 anos foi abandonada na madrugada desta terça-feira (1) às margens da Rodovia Rio-Santos, em Bertioga. Um homem que trafegava pela estrada acompanhado da mulher e da filha do casal viu o momento em que a criança foi deixada no acostamento pelo motorista de uma picape Chevrolet S10. Os responsáveis pela vítima ainda não foram localizados. A garota se encontra no Conselho Tutelar do município.

A picape é branca e a sua placa não foi visualizada. A testemunha que presenciou o homem deixando a menina na Rio-Santos parou o seu veículo e acionou a Polícia Militar Rodoviária. Os policiais levaram a criança e o homem que a encontrou à Delegacia de Bertioga. O caso foi registrado como “abandono de incapaz” agravado pelo fato de ter ocorrido em “local ermo”. O crime é punível com detenção de oito meses a quatro anos.

A menina estava assustada. Ela foi abandonada no km 222, no Bairro Maitinga, às margens da pista sentido Guarujá. A testemunha que a resgatou contou que naquele momento se dirigia para casa, localizada nas imediações. O abandono da criança aconteceu por volta de 1 hora. O delegado Fábio Pierry prestou o atendimento inicial à ocorrência, mas toda a equipe da delegacia está mobilizada para esclarecê-la.

O Conselho Tutelar foi acionado e conduziu a menina à sede do órgão, localizada na Rua Rafael Costabile, 823, no Centro. A conselheira tutelar Michele Russo disse ao Santa Portal que a criança informou o seu nome e a sua data de nascimento completos, mas se mostrou confusa e não soube dizer o endereço, mas que seria em Bertioga. Os dados fornecidos pela vítima ainda dependem de confirmação.

Mistério

Até a publicação desta matéria, nenhum responsável pela criança a procurou no Conselho Tutelar ou na delegacia. Segundo a conselheira tutelar, a menina lhe disse que os pais são separados e ela estava dormindo na casa do pai quando a pegaram. Sem marcas aparentes de violência física, a vítima pede pela mãe. “Não sabemos ainda o que houve, mas achamos estranho e estamos tentando localizar a família”, declarou Michele.

Outra providência da conselheira tutelar foi a de acionar o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), que possui equipe multiprofissional composta por assistentes sociais, psicólogo, educador social, entre outros especialistas. A Promotoria e a Vara da Infância e da Juventude também foram comunicadas, porque agora entrega da criança aos pais dependerá da análise do que de fato aconteceu. (EF)

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