Confeiteira de Santos enfrenta o Dia das Mães no trabalho após perder o marido em assalto
Por Beatriz Pires em 11/05/2025 às 12:00
Carina Pereira, 31, vive uma realidade dura, compartilhada por muitas mulheres brasileiras. Em outubro do ano passado, perdeu o marido, Ricardo Santana Pereira, 42, morto a tiros durante uma tentativa de assalto em Cubatão.
Desde então, além da dor, precisou reorganizar sua rotina para cuidar da filha de 11 anos, Angelina. Confeiteira em Santos, profissão que já exercia antes da tragédia, ela continuou trabalhando para garantir o sustento da casa e dar suporte emocional à filha.
“Quando soube o que tinha acontecido, a única coisa que passava pela minha cabeça era que se tratava de uma mentira, que estava tendo um pesadelo. Queria acreditar nisso. Mas, infelizmente, era verdade. Eu não podia fazer nada para mudar o ocorrido. Fiquei sem chão, me sentindo perdida, sem reação, sem saber o que fazer a partir daquele dia”, relembra Carina.
A parte mais difícil, segundo ela, foi contar para a filha. Mesmo devastada, sabia que precisava se manter forte por Angelina. Sua rotina sofreu diversas adaptações. Agora, organiza os horários para acompanhar a menina em atividades escolares e esportivas no contraturno. Para isso, conta com o apoio da irmã, da família do falecido marido e até de uma vizinha.
Neste domingo (11), Dia das Mães, Carina estará trabalhando. Embora preferisse passar o dia ao lado da filha, encara a data com orgulho pelo papel que exerce. Para ela, ser mãe é sinônimo de dedicação e presença.
“Desde que me tornei mãe, passei a pensar apenas em fazer o meu melhor na criação da minha filha, para ser referência para ela”, afirma.
Hoje, como mãe solo, ela projeta um futuro de força e esperança. “Quero poder ensinar e auxiliar minha filha para que ela cresça saudável, feliz e com sabedoria. Que os altos e baixos da vida sejam apenas fases que a tornem mais forte e que ela saiba que é capaz de superar tudo.”