À frente do Condesb, Raquel Chini dará andamento a questões de mobilidade e habitação

A prefeita de Praia Grande, Raquel Chini (PSDB), foi eleita nesta terça-feira (22) presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb). A diretoria, agora é formada apenas por mulheres, já que a vice-presidente eleita foi a chefe do gabinete da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional, Juliana Ogawa.

A nova gestão traz expectativas em relação às ações que serão desenvolvidas na região nos próximos dois anos. Durante a pandemia de covid-19, as prefeituras das nove cidades da Baixada tomaram decisões de maneira individualizada, a exemplo de Praia Grande, que foi a única cidade que realizou queima de fogos.

Sobre isso, a prefeita e presidente do Condesb, Raquel Chini, comentou que as cidades devem agir em conjunto, mas que há exceções. “Nós sempre agimos em conjunto, mas em casos específicos, quando alguma prefeitura toma uma decisão individualizada, sem levar para o Conselho, todas as demais fazem o mesmo. No caso específico do verão de Praia Grande, nós fizemos de acordo com o que nós tínhamos de informações dentro do município. Nosso município estava super estruturado na área de saúde, os números controlados, então não tinha motivo para acompanhar outras cidades, que talvez tivessem dúvida da sua capacidade de saúde. Então, sempre que possível, sempre que os problemas e as demandas são de caráter metropolitano, nós discutiremos de forma metropolitana, aí as decisões saem em conjunto”, disse em entrevista à Santa Cecília TV.

A prefeita disse também que as câmaras temáticas devem trazer os assuntos relacionados ao desenvolvimento regional, incluindo demandas antigas da população, trazendo decisões conjuntas entre as cidades da região. “Nós vamos discutir agora dentro das câmaras temáticas. Nós temos a Câmara de Desenvolvimento, Câmara de Mobilidade, de Saúde. Nós vamos retomar, vou me apropriar deste trabalho, como estavam funcionando essas câmaras, para que a gente tome decisões agora em conjunto com os nove municípios e com os membros do Conselho do Estado também.”

Sobre a regionalização do transporte público, como no caso do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), a presidente do Condesb afirma que o projeto continua sendo discutido. “É uma reivindicação antiga nossa. A gente trabalha dentro do Condesb desde 2012 nesse traçado metropolitano. Quando eu estive à frente da Agem, nós iniciamos esse plano regional de mobilidade urbana, que está em andamento com recursos de uma agência francesa, então é continuar com esse trabalho, que está bem avançado, finalizar, e fazer com que ele seja incorporado ao plano de governo do Estado de São Paulo”, explica.

A respeito da habitação e de questões como submoradias em palafitas, além de moradias em locais de risco como encostas de morros, Raquel Chini diz que o assunto requer atenção e constante fiscalização. “Praia Grande coordena a Câmara Temática de Habitação, e um plano de ação metropolitano deve ser o congelamento das áreas, como fazemos na nossa cidade há muitos anos. Congela a área, fiscalização, controle de invasão e um programa habitacional adequado. O Governo do Estado lançou um programa que está atendendo uma parte de Santos, Guarujá e Praia Grande. A gente tem que ter uma ação grande de controle de invasão”, finaliza.

Ex-presidente do Condesb

O prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), que esteve à frente do Condesb no último mandato, fez um balanço das realizações. “Tivemos vários avanços, mas a pandemia foi o que marcou esse período. Foi o pior momento da pandemia mundial e aqui no Brasil, foi um momento de decisões difíceis, colegiadas, a questão do lockdown de 13 dias, busca por oxigênio, vagas de UTI”.

Mas também houve um saldo positivo. “Temos que lembrar que a vacinação começou na Baixada Santista três dias após a aprovação da Anvisa da Coronavac no Brasil. Tivemos muitos avanços e perdas também, a questão do desemprego, fechamento dos comércios, foram decisões muito difíceis, muito doloridas. Mas também avançamos em projetos para a Baixada Santista”.

“Quero destacar a parceria com a União Europeia, através da Agência Francesa de Desenvolvimento, estamos fazendo o nosso plano metropolitano de mobilidade sustentável. A pauta da sustentabilidade, do meio ambiente, é uma pauta muito necessária para a Baixada Santista e todas as cidades. Destaco também a conquista do Selo Metropolitano e todo o trabalho das câmaras temáticas”, finaliza.