Codesavi promete ao TRT-SP que não mais atrasará salários e benefícios

Por #Santaportal em 20/05/2016 às 21:46

GREVE NA CODESAVI – A Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi) assumiu em reunião nesta sexta-feira (20), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), na capital paulista, o compromisso de pagar “rigorosamente” em dia os salários de seus 1.250 empregados, evitando greves seguidas como já ocorreu nos últimos meses.

O presidente e o gerente financeiro da empresa de economia mista controlada pela prefeitura vicentina, respectivamente, José Cosmo de Jesus e Ricardo Rey Rodrigues, assinaram ata garantindo também que não mais atrasarão o pagamento do vale-transporte, plano de saúde, empréstimo consignado e pensão alimentícia.

Eles se comprometeram ainda a entregar a cesta-básica e o vale-alimentação até o dia 30 de cada mês, com exceção da cesta de maio, que garantiram para 10 de junho. Além disso, Jesus e Rodrigues propuseram pagar os salários dos comissionados até o dia 15 de cada mês.

Multa de 25%
Caso descumpram qualquer um desses itens, eles pagarão multa de 25% de cada um em favor dos empregados.

Na audiência de instrução e conciliação requerida pela Codesavi, José Cosmo de Jesus e Ricardo Rey Rodrigues foram assistidos pela advogada Cristiane Cardoso Moreira, onde rubricaram o compromisso de regularizar, até 8 de agosto, o pagamento em dia dos empregados que saírem de férias. Além disso, eles garantiram 30 dias de estabilidade no emprego aos trabalhadores operacionais.

A condição para tudo isso é que os empregados, há 14 dias em greve, retornem ao trabalho neste sábado (21), após assembleia marcada para as 7h.

Acompanhado pelo vice-presidente Luiz Carlos de Andrade, pelos diretores Laudelino de Oliveira Xavier, Edson Santos, Paula Liliane Monteiro da Silva, Ana Maria dos Santos e pelo advogado Marco Antônio Oliva, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira, explicou ao juiz que a decisão será da assembleia.

Dias parados
A proposta conciliatória garante o pagamento de 12 dos 14 dias de greve e compensação dos dois restantes.

Macaé ponderou ao desembargador que isso seria “uma injustiça”, alegando que a culpa pela greve foi da empresa, que atrasou salários e benefícios, e não dos trabalhadores, “que vêm arcando com seguidas perdas em virtude do problema, principalmente multas por mensalidades atrasadas”.

Em razão disso, Macaé disse ao juiz, ao procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) presente, José Valdir Machado, e aos representantes da empresa que levará a proposta para a assembleia deste sábado.

O presidente do sindicato observa, entretanto, que a situação é diferente. “O compromisso da empresa está firmado diante de uma autoridade da Justiça do Trabalho e não apenas em atas de reuniões com o sindicato. Além disso, as multas de 25% desestimularão sua diretoria de atrasar salários ou benefícios”, comentou Macaé.

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