16/01/2021

Casos de covid-19 em Santos aumentarão expressivamente até o fim do mês, afirma infectologista

Por #Santaportal em 16/01/2021 às 07:53

CORONAVÍRUS – A Baixada Santista permaneceu na Fase Amarela do Plano SP, após reclassificação do Estado. O infectologista Marcos Caseiro, no entanto, acredita que isso não se manterá por muito tempo.

“O aumento de casos em janeiro será grave. Por favor, fiquem em casa. Ainda temos um grande número de pessoas que podem se infectar. E é bom lembrar que 32% da população santista tem mais de 50 anos, grupo considerado vulnerável ao novo coronavírus”, afirmou.

O médico ainda criticou os critérios para mudança de fase. “Usam a taxa de ocupação de leitos nas cidades. Isso é um equívoco. Estamos numa tendência de aumento de casos por falta de cuidado das pessoas. Não dá para viver na irresponsabilidade, temos que ser prudentes”, reforçou.

De acordo com Caseiro, o colapso na saúde no Amazonas, que causou falta de oxigênio em hospitais de Manaus deve servir de alerta. ” Temos que considerar dia 14 de janeiro um dos dias mais tristes da medicina brasileira. Sou formado há 33 anos e não me lembro de um dia ter faltado o básico. As pessoas morreram sem oxigênio ”, opinou.

Para ele, as pessoas que comemoraram o cancelamento do lockdown frente ao aumento de casos está calado agora. Além disso, disse que um culpado precisa ser encontrado.

Reflexo das festas de fim de ano

Questionado, Caseiro lembrou que essa alta de casos tem como reflexo das festas de fim de ano. E ainda enfatizou que quem mais sofre diante da situação é a população de classe mais baixa. “As pessoas que fizeram congestionamento de jatinho em Trancoso estão no Albert Einstein. O pobre vai para o SUS e corre risco de ficar sem oxigênio. Estão morrendo!”.

Volta às aulas

Sobre a volta às aulas, prevista para 1º de fevereiro, o infectologista disse não concordar. De acordo com ele, à princípio, achou ser uma boa ideia. Porém, visto o cenário atual, não acredita ser possível falar em submeter crianças e professores ao risco de contaminação, mesmo com todas as garantias oferecidas pelo Estado.

Veja o vídeo completo da entrevista

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