Campeões em 2011, Léo e Elano pedem foco total por título: "Jogo único não permite falhas"

Por Rodrigo Martins em 28/01/2021 às 09:11

SANTOS FC – Quando o assunto é Santos na Copa Libertadores da América, não tem como não lembrar de Léo e Elano. Vice-campeã em 2003, a dupla ajudou o Peixe a ganhar a competição em 2011. O #Santaportal ouviu os dois ídolos santistas sobre a expectativa para a final desse ano, contra o Palmeiras, no próximo sábado (30), às 17h, no Maracanã.

Com a experiência de quem viveu os “dois lados da moeda” em uma final, Léo alerta que o time precisar manter a atenção em níveis altíssimos para sair de campo com a vitória. “Não pode faltar atenção, vontade e pegada. Final em jogo único não permite erro, você não consegue recuperar depois. A torcida não estará nas arquibancadas, por causa da pandemia, mas o jogador tem que lembrar que estará em campo em nome de milhões de santistas”, disse.

Para Elano, a equipe praiana deve tirar lições de tropeços recentes para não perder o foco durante a partida. “O time tem que entrar em campo concentrado. Como o Léo disse, decisão em jogo único não permite falhas. O que aconteceu na partida de domingo (perder de virada, por 4 a 3), com o Goiás, serve de alerta. Atenção e foco durante o tempo todo”, alertou.

Na visão dos dois ex-atletas, a final ser disputada por dois rivais do mesmo Estado traz um toque ainda mais especial para o jogo de sábado. “Um jogo histórico, né? Conversei várias vezes com aqueles ídolos do clube nos anos 1960 e eles sempre diziam que o Palmeiras era o maior rival do Santos. Essa decisão acaba resgatando aquela época. Da minha parte, lembro da final do Brasileirão de 2002, quando ganhamos do Corinthians no Morumbi lotado. Espero que a decisão da Libertadores tenha o mesmo final feliz”, comentou Léo.

Elano acredita que os jogadores podem se motivar ainda mais pelo fato de a decisão ser um clássico paulista. “Em geral, o atleta gosta de ‘jogo grande’, clássico, de decisão. A partida de sábado reúne tudo isso. Certamente será o confronto entre Santos e Palmeiras mais importante da história”, destacou.

Léo ressalta a tradição do Santos em Libertadores como um trunfo a favor dos comandados de Cuca. “Eu acho que sim (a tradição pesa). É só lembrar o que o Santos fez nas quartas de final e também na semifinal: atropelou o Grêmio e jogou muito melhor que o Boca. O time vai chegar embalado e cheio de moral na decisão, diferente do Palmeiras, que jogou muito mal na segunda partida com o River, em São Paulo, e quase foi eliminado”, analisou.

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Foto: Ricardo Saibun/Arquivo Santos FC

Já Elano vê a forma como a equipe vai avançando no torneio como fundamental para aumentar a confiança dos jogadores. “Como time grande, com camisa ‘pesada’, qualquer adversário tem respeito pelo Santos. Mas o Palmeiras também tem esses requisitos. Em uma competição em mata-mata como a Libertadores, importa muito a maneira como você vai avançando de fase. Eu vejo que a trajetória na atual temporada foi menos sofrida do que em 2011. A rigor, o único jogo em que o Santos teve mais dificuldade foi aquela derrota na Vila Belmiro para a LDU. E a forma como o Santos superou o Grêmio e o Boca passam essa sensação de respeito e confiança”, frisou.

Nós também perguntamos para os ídolos alvinegros qual conselho dariam para a equipe atual.

Léo pede que os jogadores tenham uma determinação ainda maior contra o Verdão na final do que tiveram para passar por rivais como Grêmio e Boca Juniors (Argentina). “Eu diria para cada jogador encarar a decisão como o ‘jogo da vida’ de cada um deles. Entrar em campo com sangue nos olhos, faca nos dentes. Atenção o tempo todo, sem bola perdida. Já conquistei a Libertadores e outros campeonatos importantes e sei a diferença que um título faz para o clube e para a carreira do jogador. Você faz a alegria de uma torcida gigante e entra para a história de um time centenário. Vamos com tudo! #VaiPraCimaDelesSantos”, declarou.

Na visão de Elano, o mais importante é os atletas seguirem as orientações do técnico Cuca e ficarem concentrados durante os 90 minutos. “Eu acho que os jogadores não precisam dos meus conselhos (risos). O grupo está muito bem treinado pelo Cuca, que mudou os rumos do time após sua chegada. Basta seguir as orientações do comandante e jogar com atenção e concentração do primeiro ao último minuto”, concluiu.

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Foto: Ricardo Saibun/Arquivo Santos FC

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