20/06/2021

Campanha Doe Absorventes ajuda mulheres que sofrem com a pobreza menstrual

Por Gyovanna Soares em 20/06/2021 às 08:45

Muitas mulheres em situação de vulnerabilidade social, não possuem condições financeiras para comprar absorventes. Aliás, por este motivo, fazem uso de materiais inapropriados para conter a menstruação.

Os materiais utilizados, como jornal, papelão e até miolo de pão, são inapropriados e podem prejudicar seriamente a saúde da mulher.

Por não ter alternativa, muitas mulheres acabam arriscando a própria saúde, além de deixarem as suas obrigações, como escola e trabalho, pelo constrangimento da roupa ficar suja.

Comovida com a situação, a operadora de direito Gabriela Pinto resolveu lançar a campanha Doe Absorventes, que consiste em arrecadar esses ítens de higiene para mulheres que sofrem com a pobreza menstrual.

“Me motivei em fazer a campanha por ser mulher e me senti sensibilizada, exatamente por isso, por saber que já no período menstrual mesmo eu tendo absorventes, nunca me tenha faltado este item. Me sentia insegura durante a menstruação (em relação a sujar a roupa), e pensei: imagina essas meninas que sabem que vai vazar. Porque elas não estão usando o material adequado ou mesmo nada”, contou a Gabriela ao SantaPortal.

Por fim, vale destacar que qualquer pessoa pode ajudar, doando nos pontos de arrecadação.

– Knn Idiomas: Rua Rafael Costábile, 643 – Centro, Bertioga

– Bella Lilô: Rua Nabuco de Araújo 579 (portaria) – Embaré, Santos

– Moça Morena: Rua Goiás, 108 sala 5 – Gonzaga, Santos

– Azzuli: Rua Fernão Dias, 20 – Gonzaga, Santos

– Espaço Eller: Praça Nossa Senhora das Graças, 66, São Vicente

Dados sobre as mulheres

De acordo com a ONG Plan International, todos os dias, 800 milhões de mulheres menstruam, deste número, 50 milhões não estão em situação adequada para lidar com este período.

Além da falta de absorventes, 1,6 milhão de brasileiros não possuem banheiro em casa, 15 milhões não recebem água tratada, e 26,9 milhões moram em lugares sem esgoto, dados da ONG Trata Brasil.

O que dificulta ainda mais para mulheres nessas circunstâncias conseguirem ter um bom período menstrual.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, uma em cada quatro meninas sofre com o impacto da pobreza menstrual na vida escolar. No mundo, estima-se que seja uma a cada dez.

Anteriormente, em 2014, a ONU reconheceu o direito à higiene menstrual como direito humano.

Governo de São Paulo lança o programa “Dignidade Íntima”

O governador de São Paulo, João Doria, junto à deputada federal, Tabata Amaral, e o secretário estadual da educação, Rossieli Soares, lançaram na última segunda-feira (14) o programa Dignidade Íntima.

Em resumo, o de São Paulo investirá R$ 30 milhões para fornecer produtos de higiene menstrual para alunas da rede pública estadual de ensino.

Todavia, o programa tem como objetivo melhorar a qualidade de vida das alunas.

“Se perde até 45 dias de aula por ano porque não se tem acesso a absorventes menstruais. Então hoje eu estou aqui muito orgulhosa, porque essa é uma causa que eu defendo a mais de um ano, e saber que o meu estado está sendo um dos pioneiros.”, declarou a deputada Tabata Amaral.

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