Brasil precisa ampliar e modernizar sua malha ferroviária, diz especialista

Por Rodrigo Martins em 10/05/2022 às 19:23

Rodrigo Martins/Santa Portal
Rodrigo Martins/Santa Portal

O secretário nacional da ALAF (Associação Latina Americana de Transportes Ferroviários), Jean Pejo, fechou o Seminário Brasil-França, na tarde desta terça-feira (10), no auditório do Bloco E da Unisanta, com a apresentação do painel Projetos Inovadores de transportes ferroviários. O especialista apontou que o país precisa ampliar a sua malha ferroviária para encurtar as distâncias e contribuir para o desenvolvimento econômico do país.  

“A malha ferroviária do Brasil é pouco extensa. Temos menos de 11 mil quilômetros de rodovia totalmente operacional. É pouco para um país como o nosso, que é tão grande quanto os Estados Unidos, que tem mais de 200 mil quilômetros de ferrovia. Na Europa também proporcionalmente é mais. Precisamos ampliar o nosso sistema ferroviário”, disse Pejo.

O secretario da ALAF acredita que, com as novas tecnologias que surgiram, o Brasil poderia ampliar a sua malha ferroviária sem comprometer o meio ambiente. “Um dos nossos problemas é que pouca gente conhece ferrovia no Brasil. O que temos de locomotiva é melhor do mundo. A primeira parte da ferrovia é infraestrutura, aquilo que dá condição da existência da ferrovia. A tecnologia hoje nos permite trabalhar mais com a ferrovia do que antes”, afirmou.

“Um traçado melhor agride menos o meio ambiente. Temos que usar a inovação, a tecnologia a nosso favor. Hoje contamos com uma série de equipamentos que atendem essa solução. Por exemplo, temos drones para acompanhar as condições do solo, como se encontra determinado talude. Isso tudo é fundamental para fazer a construção corretamente, minimizando a possibilidade de acidentes no futuro”, acrescentou Pejo.

Por fim, o executivo ainda criticou a lentidão do país para oferecer mais informações tanto em rodovias quanto em ferrovias. “As rodovias estão passando a se ‘ferrovializar’. Porém, estamos em atraso em alguns aspectos. Muitas estradas não tem nem wi-fi. Vários serviços que precisam ser oferecidos aos usuários possuem sistemas que são baratos. Temos que usar a inteligência para tornar as estradas melhores, assim como as ferrovias precisam ser inteligentes”, concluiu.

Seminário Brasil-França

O Seminário Brasil-França reuniu, durante dois dias (9 e 10 de maio), especialistas brasileiros e franceses das principais universidades dos dois países, que apresentaram pesquisas e estudos com as potencialidades e alternativas para a ligação entra a Capital e o maior porto da América Latina, bem como os caminhos para o transporte de carga nas próximas décadas e as questões de sustentabilidade envolvidas.

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